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Brasil “Tinha que ter apanhado mais pra aprender a ficar calada”, disse o deputado Eduardo Bolsonaro

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As ameaças foram supostamente feitas após Bolsonaro postar no Facebook que estaria namorando Patrícia Lélis e ela ter negado. (Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Na denúncia aberta contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), na última sexta-feira (13), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, detalha a acusação da jornalista Patrícia de Oliveira Souza Lélis de que ele disse, através do aplicativo Telegram que iria acabar com a vida dela e que ela iria se arrepender de ter nascido.

Vários prints das conversas foram anexados, em que é possível acompanhar a evolução das ameaças, supostamente feitas após Bolsonaro postar no Facebook que estaria namorando Patrícia Lélis e ela ter negado.

Confira abaixo:

Bolsonaro: “Sua otária! Quem você pensa que é? Tá se achando demais. Se você falar mais alguma coisa eu acabo com sua vida.”

Patrícia: “Isso é uma ameaça???”

Bolsonaro: “Entenda como quiser. Depois reclama que apanhou. Você merece mesmo. Abusada. Tinha que ter apanhado mais pra aprender a ficar calada. Mais uma palavra e eu acabo com você. Acabo mais ainda com a sua vida.”

Patrícia: “Eu estou gravando.”

Bolsonaro: “Foda-se. Ninguém vai acreditar em você. Nunca acreditaram. Somos fortes.”

Patrícia: “Me aguarde pois vou falar.”

Bolsonaro: “Vai para o inferno. Puta. Você vai se arrepender de ter nascido. O aviso está dado. Mais uma palavra e eu vou pessoalmente atrás de você. Não pode me envergonhar.”

Patrícia: “Tchau.”

Bolsonaro: “Vagabunda.”

Patrícia: “Resolvemos na justiça. É a melhor forma.”

Bolsonaro: “Enfia a justiça no cu.”

A operadora do telefone registrado nas conversas confirmou que ele está vinculado a Eduardo Bolsonaro desde 12 de dezembro de 2013. Raquel Dodge considerou ser “clara a intenção do acusado de impedir a livre manifestação da vítima, valendo-se de ameaça para tanto”.

“Relevante destacar que o denunciado teve a preocupação em não deixar rastro das ameaças dirigidas à vítima alterando a configuração padrão do aplicativo Telegram para que as mensagens fossem automaticamente destruídas após 5 (cinco) segundos depois de enviadas. Não fossem os prints extraídos pela vítima, não haveria rastros da materialidade do crime de ameaça por ele praticado. A conduta ainda é especialmente valorada em razão de o acusado atribuir ofensas pessoais à vítima no intuito de desmoralizá-la, desqualificá-la e intimidá-la”, escreveu.

A pena mínima estabelecida a Eduardo é de um ano de detenção, ele pode ser beneficiado pela Lei de Transação Penal, desde que não tenha condenações anteriores, nem processos criminais em andamento. Se cumprir as exigências legais, a proposta de transação penal é para que Eduardo Bolsonaro indenize a vítima, pague 25% do subsídio parlamentar mensal à uma instituição de atendimento a famílias e autores de violência doméstica por um ano, além de prestação de 120 horas de serviço à comunidade. O relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal) é o ministro Luís Roberto Barroso.

 

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