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Notícias Os ‘candidatos nanicos’ crescem nas redes sociais

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As redes sociais são especialmente importantes para a projeção nacional de candidatos menos conhecidos. (Foto: Freepik)

Uma primeira análise no desempenho nas redes sociais dos pré-candidatos à Presidência da República pode causar a impressão de que o cenário é semelhante aos das pesquisas de intenção de voto: o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) são os líderes isolados. Entretanto, o resto da disputa é bem diferente: candidatos com índices baixíssimos nas pesquisas — como Manuela D’Ávila (PCdoB), João Amoêdo (Novo), Flávio Rocha (PRB) e Guilherme Boulos (PSOL) — alcançam ou ultrapassam, no Facebook, adversários com mais intenções de voto, como Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Entre os dois grupos, está Alvaro Dias (Podemos), que tem bom desempenho na internet e teve um crescimento recente nas pesquisas.

Em março, Lula teve 3,6 milhões de interações, contra 3,05 milhões de Bolsonaro, de acordo com a ferramento Crowdtangle. Atrás deles, ficaram Manuela (1,25 mi), Dias e Amoêdo (ambos com 1,03 mi). Rocha teve 378 mil, enquanto Marina ficou com 372 mil e Boulos, com 334 mil. Alckmin e Ciro tiveram, respectivamente, 237 mil e 138 mil de interações, conforme o jornal O Globo.

Outros pré-candidatos, ou possíveis postulantes, não chegam a 60 mil interações. Estão nessa lista o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC). O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) não tem página no Facebook, apenas um perfil pessoal.

Nos últimos seis meses, os pré-candidatos que mais cresceram nas redes foram Flávio Rocha (com um aumento de 3.665% em suas interações) e Manuela (crescimento de 2.463%), seguidos de Amoêdo (475%) e Boulos (215%). Situação bem diferentes das pesquisas eleitorais: no último Datafolha, Manuela chega no máximo a 3%, enquanto os outros não passam de 1%. Alvaro Dias está um pouco na frente: com um bom histórico nas redes sociais, ele chegou a 5% no melhor cenário.

Pedro Burgos, jornalista e pesquisador de mídias sociais, considera que não será simples converter essa popularidade online em votos, mas ressalta que as redes serão uma ferramenta importante para tornar os políticos mais conhecidos:

“As redes sociais são especialmente importantes para a projeção nacional de candidatos menos conhecidos nacionalmente. Com o tempo de TV limitado e o dinheiro mais curto por causa da reforma política, as redes sociais serão um grande palanque para desenvolver melhor as ideias, plataforma de governo e responder acusações.”

Bom e ruim

Para Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e professor da ESPM-RJ, um bom desempenho na internet coloca os candidatos em outro patamar. “O Facebook não ganha eleição, mas vale ouro. Existe um custo para você criar as coisas. Você já ter esse capital na rede social te favorece a ter menos custos. É um capital acumulado.”.

Steibel ressalta que o número de interações não distingue entre os apoiadores e os adversários dos candidatos. Entretanto, isso não seria um problema, já que o importante é manter-se em evidência nas redes. “O algoritmo entende clique. Ele não entende crítica. Quanto mais presença você tiver nas redes sociais, mas o algoritmo dará destaque. Aquele candidato que tiver mais páginas falando dele ao mesmo tempo tende a sair na frente.”

Na mesma linha, Burgos destaca que o fato dos apoiadores passarem a divulgar por conta própria o candidato e suas ideias é um indicativo positivo.

“Tão importante quanto ver se um candidato tem bastante engajamento é ver o quanto que o nome dele é lembrado por eleitores nos comentários de outras páginas ou veículos.“

Esse é um dos pontos centrais da estratégia digital da deputada estadual Manuela D’Ávila. Marcelo Branco, coordenador da equipe de redes sociais, destaca o foco no que ele chama de “autocomunicação de multidões”. “Nós temos uma visão de que a comunicação nas redes sociais não é um espaço de transmissão de informações, do editor propagando mensagem pro público. Nós valorizamos a ideia de que existe uma multidão de apoiadores se comunicando entre si.”

Na campanha de João Amoêdo, o coordenador de redes, Daniel Guido, diz que a ideia é apostar no compartilhamento das propostas do candidatos. “O objetivo é gerar conteúdos que as pessoas tenham interesse em compartilhar. O importante pra gente é sempre trazer uma proposta, e não virar uma página de comentários de notícias.”

De acordo com Cristiane Sales, da equipe de Alvaro Dias, a estratégia do senador é conciliar os assuntos do dia com o resgate de bandeiras antigas dele.”A rede é a menina dos olhos dele. Ele acha que é um canal fundamental para conversar com a população. É muito exigente, cobra resposta aos seguidores.”

 

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https://www.osul.com.br/os-candidatos-nanicos-crescem-nas-redes-sociais/ Os ‘candidatos nanicos’ crescem nas redes sociais 2018-04-22
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