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Por Redação O Sul | 9 de maio de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta quarta-feira (9) a DMZ (Zona Desmilitarizada) que divide a Península da Coreia como sede de sua cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un. “Não será lá, não”, disse Trump aos jornalistas durante reunião com seu gabinete.
Trump, que havia mencionado a DMZ – estabelecida após o fim da guerra da Coreia em 1953 – e Cingapura como possíveis locais para o histórico encontro, disse a jornalistas na Casa Branca que a data e o local vão ser anunciados “nos próximos três dias”.
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, esteve na Coreia do Norte nesta quarta para preparar as bases do encontro sem precedentes entre Trump e Kim que discutirá o tema nuclear.
Reunião
Os Estados Unidos, aliados da Coreia do Sul, aceitaram se reunir com a Coreia do Norte depois de anos de tensões e sanções cada vez mais rigorosas sobre os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. Trump, que repetidamente ameaçou atacar o país, agora parece privilegiar a diplomacia. “Nós achamos que as relações estão crescendo com a Coreia do Norte. Vamos ver como tudo prosseguirá. Pode ser uma coisa boa para a Coreia do Norte, para a Coreia do Sul e o mundo todo”, disse Trump em um discurso televisionado.
China
O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu nesta terça-feira (8), no Nordeste da China com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que fez uma visita surpresa ao país vizinho a poucas semanas de um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.
A emissora estatal chinesa CCTV exibiu imagens de Xi e Kim na cidade de Dalian, durante uma conversa próxima ao mar, enquanto a agência estatal de notícias Xinhua informou que os dois governantes se reuniram na segunda (7) e na terça-feira.
Esta foi a segunda visita de Kim à China desde março, quando os países destacaram os esforços dos aliados da época da Guerra Fria para retomar os laços que foram abalados após o apoio de Pequim às sanções da ONU pelos testes nucleares de Pyongyang. De acordo com analistas, a China, país que é um aliado histórico da Coreia do Norte, não quer ser deixada de lado na histórica reunião de cúpula.
Kim Jong-un se reuniu com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, no fim de abril e deve se encontrar com Trump nas próximas semanas. “Depois da minha primeira reunião com o camarada presidente (Kim), as relações entre a China e a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) registraram avanços positivos (…). Estou feliz”, declarou Xi Jinping, de acordo com a agência de notícias Xinhua. “São resultados positivos da minha reunião histórica com o camarada secretário-geral (Xi)”, respondeu o dirigente norte-coreano, segundo a mesma agência.
A imprensa japonesa divulgou imagens de um avião utilizado com frequência por altos funcionários da Coreia do Norte no momento de sua decolagem de Dalian, o que provocou especulações sobre a presença de Kim na cidade chinesa.
Xi se declarou disposto a ter uma nova reunião com Kim em seu desejo de fazer esforços conjuntos para alcançar uma relação bilateral “saudável”, obter a paz na península coreana e promover a estabilidade na região, indicou a Xinhua.