Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2018
O ex-chanceler Celso Amorim entrou no “cardápio” de possíveis vices de Lula, que, mesmo preso, deve ser registrado pelo PT no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como candidato à Presidência, segundo informou a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
O partido está preocupado com a ausência em debates e sabatinas que veículos promovem com pré-candidatos. Uma vez indicado vice, Amorim teria, na visão da legenda, condições de representar Lula e defender o seu governo, do qual foi chanceler.
Os defensores do nome dele apontam também o fato de que Amorim não colocaria obstáculos caso tivesse que ser substituído na chapa mais adiante, para dar lugar a outro vice. Ou mesmo para que o PT, em uma hipótese remota, se aliasse a um candidato de outro partido caso Lula não possa disputar.
Supremo
O ex-ministro Sepúlveda Pertence, advogado de defesa do ex-presidente Lula, disse na quarta-feira (09) que vai “continuar a luta”, depois de a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formar maioria para manter o petista preso.
O julgamento do recurso de Lula no plenário virtual começou na última sexta-feira (04) e deve ser concluído até as 23h59min de quinta-feira (10). Dos cinco integrantes da Segunda Turma, apenas o ministro Celso de Mello ainda não votou.
Na quarta-feira, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski decidiram acompanhar o relator do caso, ministro Edson Fachin, e negar o recurso de Lula. O ministro Dias Toffoli já havia seguido o mesmo entendimento, totalizando até a publicação deste texto quatro votos para negar o recurso do ex-presidente.
Lewandowski acompanhou o posicionamento do relator “com ressalvas”, alegando ser a favor da garantia constitucional da presunção de inocência. “É uma realidade, não era uma defesa final. Vamos continuar a luta agora nos recursos especial e extraordinário, que permitirão ao Supremo um exame mais concreto e substancioso do processo”, comentou Sepúlveda.
A defesa do petista, preso desde o início de abril em Curitiba (PR), já apresentou ao TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região), em Porto Alegre, para admissão, os recursos especial e extraordinário, que deverão julgados, respectivamente, pelo Superior Tribunal de Justiça e STF. Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).
O argumento usado pela defesa do ex-presidente era de que a prisão do petista não poderia ter sido decretada pelo juiz Sérgio Moro em 5 de abril, uma vez que ainda havia embargos de declaração pendentes de análise no TRF-4. Os recursos só foram julgados em 18 de abril.
Responsável por analisar o pedido, Edson Fachin negou o pedido por considerar que a existência de embargos de declaração pendentes não impede a execução da pena. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também opinou que recursos para tribunais superiores não impedem a prisão.
Celso Amorim. (Foto: Divulgação)