Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2018
De última hora, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, cancelou sua participação no encontro anual da AASP (Associação de Advogados de São Paulo), no hotel Mercure Lourdes, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, neste sábado.
Dois lances de escada acima, no mesmo hotel, o PT (Partido dos Trabalhadores) realizava reunião de sua executiva. A ausência da ministra foi anunciada aos 300 advogados que participavam do evento às 11h45min – 45 minutos depois do horário em que ela deveria ter chegado para o encontro.
Carmen Lúcia daria a palestra magna “O atual papel do STF no Brasil”, que encerraria o evento, que ocorreu durante três dias. “Vim só por causa da palestra da ministra. É lógico que é decepcionante. Esperava assistir à palestra, ainda mais com a insegurança jurídica que o país está vivendo”, disse à reportagem do UOL o advogado paulista Hério Nagoshi, que viajou à capital mineira por conta do evento.
O advogado Jonathas Palmeira, também de São Paulo, ecoou a frustração do colega. “Não vim só por causa dela [Cármen Lúcia]. Mas seria importante a fala dela nesse momento de grave crise institucional que estamos vivendo”, ponderou. Para participar do evento, os advogados pagaram taxas que variaram de R$ 280, para membros associados, a R$ 600, para não associados.
À reportagem do UOL, a direção do evento disse que só foi informada da ausência depois do horário previsto para início da palestra, mas não quis informar o motivo da ausência da ministra presidente do Supremo. A assessoria de Cármen Lúcia não foi localizada para comentar o episódio.
No início da manhã de sábado, a equipe de segurança do hotel se preparava para receber a ministra. Ela entraria diretamente pela garagem do hotel, sem passar pela portaria, indo de elevador da garagem até o andar “Terra” – um piso abaixo do andar “Lua”, onde o PT se reunia desde as 9h.
Reunião do PT
Na reunião petista, estavam presentes nomes como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimentel (PTRS) e o líder da oposição na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).
Um dia depois de lançar oficialmente a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, o PT definiu, em reunião da Executiva em Belo Horizonte na manhã deste sábado (9), priorizar a aliança nacional com o PSB e o PCdoB para as eleições de outubro. E, apesar de o PR não estar nesta lista e de colocar esta questão para ser resolvida mais à frente, o líder da legenda na Câmara, Paulo Pimenta, citou o empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar como possível vice na chapa de Lula.
A diretriz, que vai subordinar as composições nos estados, entrou na nova resolução da legenda, que atualiza o documento de dezembro do ano passado. Segundo Paulo Pimenta, ficou definido que toda a estratégia nos estados vai centrar na eleição de Lula.
De acordo com ele, ainda não há definição sobre quem seria o vice neste momento. Pimenta não descartou que a pré-candidata a presidente, deputada Manuela D’Ávila seja o nome escolhido para completar a chapa de Lula, mas colocou outros nomes em discussão.