Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (26) que seu governo está levando outros países a reduzir ou eliminar barreiras comerciais que vem sendo “injustamente usadas há anos contra nossos fazendeiros, trabalhadores e empresas”. “Estamos abrindo mercados e expandindo nossa presença. Eles devem jogar de forma justa ou irão pagar tarifas!”, disse Trump em sua conta oficial no Twitter.
Em uma postagem anterior, Trump voltou a abordar a questão da fabricante de motocicletas Harley-Davidson, que decidiu transferir para o exterior em até 18 meses a produção de unidades hoje vendidas à União Europeia. Na sexta-feira (22), a tarifa de importação cobrada por Bruxelas sobre as motos americanas saltou de 6% para 31%, um movimento destinado a retaliar as tarifas de Washington sobre a importação de aço e alumínio europeus.
Segundo Trump, a Harley-Davidson já havia anunciado no começo do ano que iria transferir significativa parte de suas operações de Kansas para a Tailândia, “bem antes” do anúncio de tarifas. “Desta forma, eles (a Harley-Davidson) só usaram as tarifas/guerra comercial como desculpa. (Isso) mostra como o comércio é desequilibrado e injusto, mas vamos consertar isso…”, disse o presidente americano.
Na segunda (25), Trump já havia dito ter ficado “surpreso” que, “de todas as companhias”, a Harley-Davidson seria a primeira a “jogar a toalha”.
China
A China endureceu o tom e admitiu pela primeira vez de maneira oficial que está em “guerra comercial” com os Estados Unidos. Em comunicado no qual critica a nova ameaça de barreira feita pelo governo americano, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Pequim terá de adotar “medidas abrangentes” se Washington prosseguir com o plano de tarifar em 10% o montante de até US$ 400 bilhões de mercadorias compradas do País.
Para a China, as “medidas abrangentes vão combinar quantidade e qualidade para se chegar a uma forte contramedida”. “Os Estados Unidos violaram as leis do mercado, não entenderam a lógica de desenvolvimento do mundo, prejudicam empresas e a população não apenas de ambos os países como do mundo todo”, afirmou nota do Ministério do Comércio da China.
A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China teve início quando Washington publicou a lista de produtos chineses que seriam alvo de tarifação de 25%. Parte da barreira sobre US$ 50 bilhões em produtos passa a valer a partir de 6 de julho. Pequim respondeu em igual medida, abarcando mercadorias como a soja e produtos automotivos.
Em reação, o presidente americano, Donald Trump, ordenou uma investigação contra US$ 200 bilhões de produtos comprados da China, que podem ser alvo de tarifação adicional de 10%. Adiantando-se à retaliação de Pequim, o republicano disse que o volume em mercadorias pode ser elevado para US$ 400 bilhões.