Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2018
Subiu para oito o número de óbitos por gripe em 2018 no Rio Grande do Sul. O último caso refere-se a um morador de Canela, na Serra Gaúcha, infectado pelo H1N1. A informação consta no balanço divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) com dados atualizados até o dia 30 de junho. As demais mortes ocorreram em Porto Alegre (quatro), Gramado, Lajeado e Vera Cruz. Foram cinco óbitos por H1N1 (Influenza A), um por H3N2 (Influenza A), um por Influenza A não subtipado e um por Influenza B.
No período, foram notificados 1.254 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Dentre os casos de influenza, 56,9% (82/144) confirmaram para influenza A (H1N1), 27,1% (39/144) para influenza A (H3N2), 12,5% (18/144) para influenza B e 3,5% (5/144) para influenza A não subtipado.
A gripe é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza que provoca febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e mal estar. Os maiores problemas da influenza são as complicações como otites e pneumonias. Ao todo, o Brasil anotou 3.558 infecções e 608 óbitos entre 1º de janeiro e 23 de junho.
Tratamento
O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o Estado, gratuitamente, e o seu uso no início do aparecimento dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos. Atenção aos sintomas: febre, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. O tratamento pode ser prescrito tanto por médicos do SUS (Sistema Único de Saúde) como particulares, com a dispensação, sem custos, garantida pela rede pública.
Para retirar o antiviral, o paciente deve apresentar somente prescrição médica. Não há mais a necessidade do Receituário de Controle Especial e do Formulário de Dispensação, visando facilitar o acesso da população ao medicamento.
Medidas de prevenção
Uma ação fundamental para diminuir a circulação dos vírus da gripe é a adoção de hábitos simples. Confira:
Higienizar as mãos com frequência; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; evitar aperto de mãos, abraços e beijo social; reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração; evitar visitas a hospitais; ventilar os ambientes.
Gripe A
O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. O Estado do Rio Grande do Sul foi duramente atingido no inverno daquele ano, com registro de 3.585 casos confirmados da doença e 298 óbitos.
Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.