Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2018
Turistas brasileiros precisarão de uma autorização para entrar em países da Europa a partir de 2021. Com custo de 7 euros (R$ 31,90), o documento poderá ser obtido pela internet.
A iniciativa ganhou o nome de Etias (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) e foi pensada para aumentar a segurança na região, impedindo a entrada de pessoas consideradas suspeitas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Para obter a autorização, será preciso preencher um formulário pela internet com informações pessoais, histórico de viagens e passaporte. Esses dados serão checados pela União Europeia e cruzados com a Interpol.
O viajante deverá receber a autorização, com validade de três anos, por e-mail. Já há um acordo informal entre o Conselho e o Parlamento Europeu para a implantação do Etias, que, segundo o próprio parlamento, deverá estar em operação em 2021. A casa deve votar as regras para o sistema.
O Etias será necessário para viajantes de mais de 60 nacionalidades que não precisam de visto para entrar nos países do Espaço Schengen, como é o caso do Brasil. Hoje, os brasileiros que desejam visitar a região por um período de até 90 dias só precisam ter um passaporte válido.
Brasileiros que tenham passaportes de países europeus não vão precisar da autorização.
Quem for viajar para o Reino Unido também não precisará do documento, já que ele não faz parte do Espaço Schengen.
Os países que fazem parte do Espaço Schengen e vão pedir o Etias são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça.
Portugal
A população brasileira residente em Portugal voltou a crescer após seis anos. Em 2017, o número de brasileiros no país aumentou 5,1% em relação ao ano anterior, passando de 81.251 para 85.426. Esse número representa 20,3% do total de 421.711 imigrantes em solo português e mantém o Brasil no topo do ranking no país ibérico.
Os dados foram divulgados no “Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo / 2017” do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).
O documento também revela que 62,3% das 2.142 recusas de entrada nos aeroportos de Portugal foram para brasileiros – um total de 1.336 pessoas, 368 a mais que em 2016 e o maior número de barrados desde 2011 (967).
São pessoas sem condições legais para admissão no país ibérico, com ausência de motivos que justificassem a entrada, visto inadequado ou indicações para não admissão no Espaço Schengen (zona de livre circulação na União Europeia).
O crescimento reverte uma queda que vinha ocorrendo desde 2011, quando havia 111.445 brasileiros em Portugal, número 6,63% menor que em 2010: 119.363. Entre 2010 e 2016, 23.111 brasileiros deixaram o país. Mais de 37 mil pessoas pediram cidadania portuguesa e o Brasil também lidera a lista, com 10.805 pedidos, no ano passado.
Em 2016, o número de imigrantes brasileiros havia sofrido uma queda de 1,6%, mas voltou a subir e a probabilidade é que siga em alta em 2018.