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Brasil “Suicídio acontece, pessoal pratica”, disse o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro ao se referir a morte de jornalista

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Declaração à TV ocorre na semana em que órgão de direitos humanos condena Brasil por morte de jornalista na ditadura. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Na semana em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou, por unanimidade, o Brasil pelo assassinato de Vladimir Herzog, o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) disse que lamenta a morte do jornalista, mas que “não estava lá” para confirmar que ele foi morto pelo regime.

“Alguns inocentes acabaram tendo um fim que não mereciam, no meu entender. O caso do Vladimir Herzog, muitos falam que ele praticou o suicídio”, disse o deputado federal, em entrevista ao programa “Mariana Godoy Entrevista”. “Lamento a morte dele, em que circunstância, se foi suicídio ou morreu torturado. Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”, afirmou.

Questionado se não é importante reconhecer que o jornalista foi assassinado na ditadura, Bolsonaro disse que “essa é uma história que passou” e voltou a questionar que tenha havido ditadura no Brasil. “Me define o que é ditadura? Nós tínhamos liberdade de ir e vir”, argumentou.

Sobre declaração dada cerca de duas décadas atrás sendo favorável à tortura, o pré-candidato ponderou sobre o “limite entre energia e tortura” e disse que é preciso “parar de dar tratamento humano para quem não é ser humano”, em referência a pessoas que cometem crimes como o homicídio.

Bolsonaro também voltou a defender mudanças no estatuto do desarmamento para a flexibilização da posse e do porte de armas para o cidadão comum. “Um povo armado nunca se submeteria a uma ditadura”, exemplificou.

No programa, o parlamentar disse que ainda sonha em ter o senador Magno Malta (PR-ES) como vice. “Meu noivo chama-se Magno Malta”, disse Bolsonaro. A afirmação foi feita em resposta à pergunta sobre se aceitaria ter como companheira de chapa a advogada Janaína Paschoal, que declarou apoio a ele na corrida presidencial.

O pré-candidato reiterou na entrevista que, se eleito, pretende ampliar o número de ministros do STF de 11 para 21, como forma de “reequilibrar” e tornar o órgão “isento”, a partir da indicação de dez nomes com o perfil do juiz Sergio Moro.

“Estou dando recado ao Supremo. Cada um que tire as conclusões que bem entender”, disse, complementando que sua atitude estaria respaldada em anseio dos brasileiros. “Alguém no Brasil hoje em dia bate palmas para o nosso Supremo Tribunal Federal? Estão legitimando a corrupção”, falou, se referindo a decisões da Segunda Turma do STF de soltar condenados em segunda instância.

Quilombolas

Em uma tentativa de atenuar os efeitos eleitorais da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro pelo crime de racismo, o presidenciável participará de um evento com quilombolas em Parauapebas (PA) no próximo dia 13.

Apresentada em abril ao STF pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a acusação contra o pré-candidato ao Palácio do Planalto foi baseada em declarações nas quais o deputado afirmou que quilombolas “não servem nem para procriar”.

O evento na cidade paraense, a cerca de 530 quilômetros de Belém, é organizado por Paulo Quilombola, líder da Federação das Comunidades Quilombolas do Pará, que, até o mês passado, apoiava a candidatura do senador Alvaro Dias (Podemos-PR) à Presidência da República.

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