Segunda-feira, 20 de outubro de 2025

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Colunistas Destruindo o seu próximo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Malba Tahan ilustra os perigos da palavra: uma mulher tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o rapaz acabou preso. Dias depois, descobriram que era inocente; o rapaz foi solto processou a mulher.
– Comentários não são tão graves – disse ela para o juiz.
– De acordo – respondeu o magistrado. – Hoje, ao voltar para casa, escreva tudo que disse de mal sobre o rapaz; depois pique o papel, e jogue os pedaços no caminho. Amanhã volte para ouvir a sentença.
A mulher obedeceu, e voltou no dia seguinte.
– A senhora está perdoada se me entregar os pedaços do papel que espalhou ontem. Caso contrário, será condenada a um ano de prisão – declarou o magistrado.
– Mas é impossível? O vento já espalhou tudo!
– Da mesma maneira, um simples comentário pode ser espalhado pelo vento, destruir a honra de um homem, e depois é impossível consertar o mal já feito.
E enviou a mulher para o cárcere.

Uma lenda do Pólo Norte

Conta uma lenda esquimó que, na aurora do mundo, não havia qualquer diferença entre homens e animais: todas as criaturas viviam em harmonia sobre a face da Terra, e cada uma podia transformar-se na outra, a fim de entendê-la melhor. Os homens viravam peixes, os peixes viravam homens, e todos falavam a mesma língua.
“Nesta época”, continua a lenda, “as palavras eram mágicas, e o mundo espiritual distribuía fartamente suas bênçãos. Uma frase dita ao acaso podia ter estranhas conseqüências; bastava pronunciar um desejo que este se realizava”.
Foi então que todas as criaturas começaram a abusar deste poder. A confusão se instalou, e a sabedoria se perdeu.
“Mas a palavra continua mágica, e a sabedoria ainda concede o dom de fazer milagres a todos que a respeitam”, conclui a lenda.

Os tempos difíceis

Um homem vendia laranjas no meio de uma estrada. Era analfabeto, de modo que nunca lia jornais. Colocava pelo caminho alguns cartazes, e passava o dia apregoando o sabor de sua mercadoria. Todos compravam, e o homem progrediu. Com o dinheiro, colocou mais cartazes, e passou a vender mais frutas. O negócio progredia rapidamente quando seu filho – que era culto e havia estudado numa grande cidade – procurou-o: “Papai, você não sabe que o Brasil está atravessando momentos difíceis? A economia do país anda péssima!”.

Preocupado, o homem reduziu o número de cartazes, e passou a revender mercadoria de pior qualidade, porque era mais barata. As vendas despencaram imediatamente. “Meu filho tem razão”, pensou ele. “Os tempos estão muito difíceis”.

O manual de instruções

Depois de comprar uma nova máquina de descascar legumes, a mulher tentou – usando o manual de instruções – fazer com que funcionasse. Terminou por desistir, deixando as peças espalhadas na mesa.
Foi ao mercado, e ao voltar descobriu que a empregada tinha montado o aparelho.
“Mas como conseguiu isso?”, perguntou, surpresa.
“Bem, como não sei ler, fui obrigada a usar a cabeça”, foi a resposta.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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