Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2015
Caso a cidade de São Paulo recebesse um boletim escolar feito pelas crianças e adolescentes que vivem nela, a nota mais baixa seria dada à “segurança e proteção”: 5,1 em uma escala de 1 a 10. Essa foi a média das notas que jovens, entre 10 e 17 anos, deram ao quesito na capital, segundo a pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município).
O estudo foi realizado entre os dias 13 e 30 de junho pela organização Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope Inteligência e com os institutos Alana e C&A. A margem de erro é de três pontos percentuais. O item melhor avaliado, por outro lado, foi o acesso à internet, que recebeu 7,9 dos habitantes da capital paulista nessa faixa etária. Educação (7,3), relações humanas (7,1) e moradia (6,8) também ganharam boas avaliações.
Além da segurança, foi mal avaliada a questão ambiental (5,3), a estética da cidade (5,3) e a mobilidade urbana (5,8). Foram ouvidas 805 crianças e adolescentes de todas as regiões paulistanas.
Medos
No que se refere aos motivos pelos quais a segurança na cidade é mal avaliada, os jovens que participaram da pesquisa também apontaram quais pontos lhes trazem maior sensação de medo. Os assaltos e roubos aparecem no topo da lista. Cerca de 61% das crianças e adolescentes de São Paulo temem sofrer esse tipo de violência. O tráfico de drogas assusta 33% dos jovens.
A polícia também aparece como fonte de temor de 20% dos entrevistados. Além disso, a pesquisa revela ainda que o modo como as pessoas são tratadas pelos policiais recebeu nota 4,3. Por outro lado, a escola aparece como o local onde crianças e adolescentes se sentem mais seguros. A segurança nesse ambientes recebeu nota 6,3. (Folhapress)