Por Redação O Sul | 25 de julho de 2015
Pela primeira vez na história da Justiça do Rio, um cão foi levado ao tribunal para a conclusão de um processo. Duas famílias disputavam a guarda do yorkshire, que foi “convocado” como testemunha-chave.
Uma professora, que não quis aparecer, era a dona do cachorro e o entregou para a nutricionista Márcia do Espírito Santo por um período. Márcia se apegou ao bicho, mudou o nome dele – de Buddy para Lord – e não quis mais devolver o animal.
A briga foi parar na Justiça e o cãozinho ficou cara a cara com o juiz e com as duas famílias. Em meia hora de audiência, chegou-se a um acordo. Márcia abriu mão de ter o cãozinho em casa, mas ganhou o direito de ficar com ele todos os sábados.
“A gente fica com a saudade. Mas eu quero o melhor pra ele. Ele antes de mais nada. Nessas horas, a gente tem que respeitar”, disse Márcia.
Na saída, Buddy, que chegou ao tribunal com cara de poucos amigos, estava mais saudável e até lambeu o microfone.
Repercussão.
Do lado de fora, a audiência foi criticada. “O amor pelo cão eu acho bonito, né? Mas chegar até o juiz? Acho um pouco desnecessário, né?”, opinou a cuidadora de idosos Ângela Moreira.
Nos corredores do tribunal, o yorkshire foi uma atração à parte. “Trabalho aqui há sete anos e realmente foi uma surpresa. Todo mundo parou de trabalhar hoje pra ver. Todo mundo veio ver o que estava acontecendo porque tinha um cachorro no corredor.” (AG)
