Domingo, 02 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2018
A Força Sindical, a Confederação dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), e a Nova Central Sindical anunciaram nesta quarta-feira (19) o apoio conjunto ao candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com um dos assessores da campanha do pedetista, o apoio tem como objetivo fazer frente ao suporte que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) dá ao candidato do PT, Fernando Haddad.
A aproximação de Ciro com sindicalistas já vem de longa data, mas foi estreitada pela presença de Antônio Neto na chapa do PDT ao Senado por São Paulo. Neto é presidente licenciado da CSB.
O anúncio do apoio é feito na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais de São Paulo, entidade ligada à Força Sindical.
“Nós trabalhadores temos a sorte de que pela esquerda há dois candidatos que estão bem. O companheiro Haddad, da CUT, e o Ciro, que tem o nosso apoio. Mas nós não vamos pelo Datafolha ou pelo Ibope. Vamos com Ciro”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Ligado à Força Sindical, o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, integra a base de apoio do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin.
Polarização
Ciro Gomes disse nesta quarta-feira que o País não aguenta mais a “bomba da polarização” com o PT. Depois de ser ultrapassado pelo petista Fernando Haddad na pesquisa Ibope, divulgada na terça-feira, que mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança, Ciro afirmou que pesquisa é um retrato de momento e que segue em sua campanha com muito trabalho e serenidade. “Sou experiente”, disse ele, numa referência direta ao petista.
Ciro disse que não cede a instituto de pesquisa e, apesar de falar sobre a amizade com Haddad, destacou que o petista está se precipitando em inexperiência ou até mesmo na arrogância, em se achar vitorioso ou no segundo turno. Questionado sobre as declarações de Haddad, dada na terça-feira à mesma emissora, de que tinha certeza que seria apoiado pelo pedetista no segundo turno das eleições. “Nem a pau, Juvenal. Eu não cedo a instituto de pesquisa a minha responsabilidade com o meu país”, disse Ciro.
Ao falar das pesquisas, em entrevista para a rádio CBN e para o portal de notícias G1, o pedetista falou sobre o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. “Alckmin vendeu a alma para ter o maior tempo de TV (na aliança com o Centrão), mas está pagando um preço amargo (pois não decolou nas pesquisas e continua a aparecer com um dígito nas intenções de voto).“
Na entrevista, ele disse que se eleito vai mudar a política de preços em vigor hoje na Petrobras, que ele classificou de “perversa”. Segundo ele, a política tem o governo Temer “protegendo a perversão dos acionistas minoritários” ao privilegiar a cotação internacional, em dólar, levando a “alta nos preços do combustível ao consumidor e no preço do botijão de gás para as donas de casa”.