Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2018
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que vai “reindustrializar” o País se for eleito. Ciro deu a declaração ao participar de um encontro com metalúrgicos da GM (General Motors) em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Na opinião do candidato, o setor da indústria foi “desmantelado” nos últimos anos.
“Um dos quatro motores fundamentais do meu projeto é a reindustrialização do Brasil. Só do desmantelamento, no governo Dilma para hoje, no fundo do poço do Michel Temer, fecharam 13 mil indústrias, 4 mil delas em São Paulo”, afirmou.
“Isso porque temos uma taxa de câmbio administrada de forma errada, uma taxa de juros absolutamente criminosa, uma infraestrutura absolutamente hostil para a competitividade da economia brasileira e um sistema tributário incompreensível para quem produz e trabalha”, acrescentou Ciro Gomes.
Levantamento divulgado nesta terça-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que o faturamento do setor e as horas trabalhadas na produção aumentaram em agosto, mas a geração de emprego ficou estável e a massa salarial, caiu.
Nova lei trabalhista
Ainda no encontro com os metalúrgicos da GM, Ciro Gomes reafirmou que, se for eleito, revogará a nova lei trabalhista. Proposta pelo governo em 2016, a nova lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado.
“Tenho um projeto complexo, que responde às questões dos trabalhadores com muita clareza. Fui o único candidato que falou na entrega da Embraer para a Boeing, o único candidato que tem o compromisso de desfazer, sem qualquer tipo de retórica, a reforma trabalhista”, afirmou. O acordo da Embraer com a Boeing ao qual Ciro se referiu já foi anunciado pelas duas empresas.
Tecnologia
Ciro Gomes disse nesta quarta-feira (3) durante agenda de campanha em São Paulo que um País, para ser soberano, deve investir em inteligência e tecnologia. Ciro teve um encontro com a militância do seu partido e depois falou com jornalistas que acompanhavam o evento.
“Isto hoje é o outro nome de soberania. O país que tem sua inteligência aplicada na tecnologia tem independência. O país que não tem é um país que não é mais independente”, afirmou o candidato.
Ele também disse que pretende elevar a produtividade do trabalhador no País, como uma forma de impulsionar o desenvolvimento econômico. Ciro afirmou que quer devolver ao Brasil a capacidade de fazer o mundo se admirar. Ele citou que entre as décadas de 1950 e 1980 o País foi um dos que mais se desenvolveram. “Quando o Brasil se reconcilia, tem projeto, nós assustamos o mundo, fazemos o mundo se admirar. Isso que eu quero. Devolver ao Brasil aquilo que eu sei que o Brasil é capaz de ser”, afirmou.
Ciro também disse que a disputa eleitoral ainda não está definida. Em pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira (2), ele apareceu em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), com 32%, e de Fernando Haddad (PT), com 21%.