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Brasil Em troca de apoio, Fernando Haddad deve desistir de taxação de grandes fortunas

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Haddad em entrevista coletiva nesta terça. (Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas)

Com o endosso de interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando da campanha de Fernando Haddad (PT) já admite flexibilizar seu programa de governo em nome de um pacto contra a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), desistindo, por exemplo, de taxar grandes fortunas.

A cúpula petista já havia cedido ao retirar do plano proposta de convocação de uma assembleia nacional para revisão da Constituição.

Um integrante do comando da campanha recomenda a definição de dez pontos de convergência para elaboração de um programa comum, excluindo propostas polêmicas, com difícil aprovação no Congresso, como a retirada da taxação de grandes fortunas.

Autor do plano de governo de Lula, o próprio Haddad afirmou, na segunda-feira (15), que pretende “alargar o quanto puder” a frente de apoio a sua candidatura, “sobretudo com Ciro Gomes, que é um democrata, mas também com setores de outros partidos que lutaram pela redemocratização”.

Para tanto, Haddad acena com a perspectiva de “um governo mais amplo que nunca”.

“Bolsonaro é uma ameaça concreta às instituições. Pelo Brasil democrático, estaria disposto a qualquer tipo de… Faço gestos todo dia”, afirmou Haddad, acrescentando que não poupará esforços “para evitar o pior”.

Na segunda (15), em Brasília, PT, PC do B, PSB, PSOL, PROS e PCB assinaram um manifesto estabelecendo uma “frente ampla pela democracia”. O PDT, que declarou apoio crítico a Haddad contra a candidatura de Bolsonaro, não participou.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse contar com todos que foram signatários da Constituição de 1988, “ou seja, a maioria dos partidos que está no Congresso Nacional, inclusive os partidos de centro-direita e que têm respeito à institucionalidade e à democracia”.

Em função disso, também explicitou a disposição de mexer no programa do governo.

“Se você não tiver nenhuma intenção de fazer flexibilização, você não faz aliança, disputa a eleição sozinho”, afirmou a petista, ressaltando que questões como direitos dos trabalhadores e erradicação da fome são inegociáveis.

Sobre temas como legalização do aborto e descriminalização de drogas, Haddad afirmou que a “ideia de que o presidente da República imponha a agenda dele ao País em temas que dividem a sociedade é um equívoco”.

“Essas pautas mais sensíveis, que envolvem valores, debates mais profundos, é papel do Congresso, do Supremo Tribunal Federal”, argumentou.

Coordenador da campanha de Haddad, o ex-governador Jaques Wagner afirma que “Fernando tem consciência que para ultrapassar este momento, ele tem que apontar para um governo amplo”.

Repetindo a expressão “guarda-chuva” sob o qual estaria abrigada uma frente democrática, Wagner diz que a linha de corte para essa coalizão não tem que ser programática. Mas em reação a uma ameaça à democracia representada por Bolsonaro.

“Fizemos o Diretas Já para sair do autoritarismo. Temos que fazer outra para não entrarmos. A linha de corte não tem a ver com programático. É o item básico número um, a democracia”, justifica Wagner.

Líderes dos partidos disseram que já estão procurando quadros de outras legendas, inclusive MDB e PSDB, mas não quiseram citar nomes.

Na tentativa de ampliar a frente, Haddad deve procurar Ciro Gomes, presidenciável pelo PDT derrotado ainda no primeiro turno, em busca de um apoio mais assertivo.

Ciro, no entanto, não pretende reafirmar apoio à candidatura petista. Em conversas reservadas, ele tem dito que já fez o aceno que deveria ter feito e que continuará se posicionado nas redes sociais apenas contra Bolsonaro, mas sem mencionar o petista.

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