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Brasil Na reta final da campanha, a sucessão de falas radicais do clã Bolsonaro estimula a articulação de uma frente pró-Fernando Haddad

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Manifestação negativa de Eduardo Bolsonaro sobre o STF foi um dos estopins. (Foto: Reprodução)

A sucessão de falas radicais do clã do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem estimulado as tentativas do PT de organizar uma frente a favor do candidato Fernando Haddad na reta final da eleição para o Palácio do Planalto. Depois do filho Eduardo Bolsonaro (deputado federal) tecer comentários sobre o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e o patriarca insinuar perseguição a opositores em discurso na avenida Paulista, uma ala do PSDB decidiu discutir a elaboração de um manifesto.

Um aliado dos petistas resumiu: com seus rompantes, os Bolsonaro vão construir a aliança que Haddad não conseguiu. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) é um dos que participam das discussões sobre o documento em defesa do Estado Democrático de Direito. Haddad telefonou para ele no início desta semana. O PT também cogita um telefonema de outro cacique tucano, o ex-governador Geraldo Alckmin, quarto colocado no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano.

Queda de braço

Ministros do Supremo Tribunal Federal que já estavam estupefatos com a fala de Eduardo Bolsonaro também manifestaram incômodo com os termos do discurso do pai. “Até aqui, eles seguiram a regra do jogo. Mas se usarem o poder para perseguir adversários, usaremos os mecanismos legais”, disse um integrante da Corte em condição de anonimato.

Dias depois da polêmica palestra em que falou sobre o fechamento do STF, Eduardo Bolsonaro fez mais um discurso de enfrentamento à Corte. Desta vez, em uma audiência pública sobre a importância do voto impresso.

Mencionando o fato de ter “uma coluninha semanal no jornal ‘Hora Extra’, o filho de Bolsonaro continuou batendo de frente com o mais importante tribunal do País. “Uma das ‘matérias’ que coloquei lá é o seguinte: ‘pensar fora da caixinha para derrubar a ditadura do STF’. Fica ao gosto deles, não se analisa mais a constitucionalidade”, criticou.

“Eu acredito que, caso o próximo presidente venha a tomar medidas contrárias ao gosto desse STF, eles vão declarar inconstitucional, e aqui a gente não vai se dobrar a eles, não”, prosseguiu. “Quero ver alguém reclamar quando estiver num momento de ruptura mais doloroso do que colocar dez ministros a mais na Suprema Corte. Se esse momento chegar, quero ver quem vai pra rua fazer manifestação pelo STF”, concluiu.

No último domingo, entretanto, o filho de Jair Bolsonaro rechaçou ter falado a sério sobre o fechamento do Supremo Tribunal Federal.

Em causa própria

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais) pediu encontros com representantes das campanhas de Jair Bolsonaro e de Fernando Haddad para levar demandas da categoria, como alterações na estrutura remuneratória da Justiça Federal. Os magistrados da entidade também vão pedir compromisso dos presidenciáveis com o Estado de Direito.

Já o ministro Bruno Dantas, do TCU, solicitou a inclusão do processo que pode inserir a OAB (Ordem do) na lista de entidades auditáveis pela Corte na pauta de julgamentos. O presidente do tribunal, Raimundo Carreiro, havia sinalizado sortear um novo relator. Dantas avisou que está com o voto pronto e que toda a instrução técnica já foi feita. Em notas sobre o assunto, a OAB tem sustentado que já possui mecanismos para que os associados possam atestar a regularidade das contas da entidade.

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