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Brasil Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro, governador e senador eleitos pelo Rio de Janeiro, vão a Israel comprar drone que faz disparos

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Atuação conjunta de Wilson Witzel e Flavio Bolsonaro já ocorria na campanha. (Foto: Reprodução/Twitter)

O futuro governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) vão viajar, juntos, a Israel. A viagem, programada após convite, ainda não tem data estabelecida. Os dois pretendem conhecer um modelo de drone equipado com uma arma, capaz de atirar enquanto sobrevoa uma região.

O equipamento, usado pelas forças israelenses em ações na fronteira com os territórios palestinos, pode ser utilizado em operações de segurança no Rio. Witzel e Flávio Bolsonaro querem, ainda, obter informações sobre um equipamento de leitura facial que pode ser instalado nos transportes públicos do Estado.

No primeiro encontro entre os dois depois da eleição, na quarta-feira, Witzel recebeu do futuro senador o apoio à sua proposta de incentivar o “abate” de criminosos que estejam portando armas como fuzis.

A última vez em que o “abate” foi posto em prática no Rio foi em setembro de 2009, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Na ocasião, um bandido foi morto depois que fez uma mulher refém em uma farmácia. Ele roubou um carro e, na fuga, entrou no comércio e fez a dona do estabelecimento de escudo, ameaçando-a com uma granada. Acabou morto por um um tiro de fuzil, disparado do alto de um prédio, por um um sniper, um oficial da PM, lotado na época no Bope.

Na parede

Witzel ofereceu, mas Flávio recusou a participação de seu partido no governo. E fez um único pedido: que o futuro governador não colabore para o PT ocupar qualquer espaço de poder no Estado.

Para atender ao aliado mais importante — a quem, em última análise, deve seu mandato — Witzel não poderá mais manter a neutralidade na eleição do presidente da Assembleia Legislativa. Terá que se posicionar contra André Ceciliano (PT).

Treinamento para uso de fuzis

Turmas de 20 policiais civis e militares em aulas de oito horas por dia, de segunda a sábado, durante um mês, antes de ir para as ruas. Assim, o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), pretende preparar nos batalhões e nas delegacias especializadas grupos dos chamados “atiradores designados” para “abater” portadores de fuzil.

Em entrevista para o portal G1, o principal conselheiro do governador sobre a questão dos atiradores, Flávio Pacca, explicou como o futuro governo pretende treinar policiais para a estratégia.

Os grupos de atiradores a serem criados no RJ se diferenciam dos tradicionais snipers, utilizados, como visto em filmes, para atirar em sequestradores para libertar pessoas sob a mira de uma arma ou em inimigos em guerras. Segundo Witzel, o criminoso com fuzil não precisaria ter ninguém na mira de uma arma para ser “abatido”, o que, para o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, ainda não é permitido por lei.

A ideia dos assessores do governador para o tema é que esses atiradores de elite se assemelhem mais aos chamados caçadores das Forças Armadas: entrem nas comunidades e deem tiros em traficantes ou milicianos que resistam à entrada policial.

Pacca, de 57 anos, é inspetor e instrutor de tiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Colega de turma do governador eleito no curso de Direito do Instituto Bennett, no Flamengo, Zona Sul do Rio, e derrotado nas eleições para deputado federal pelo partido do ex-juiz (o PSC), Pacca quer trazer para a polícia carioca a experiência que adquiriu em treinamentos que teve na Polícia Federal, em Brasília.

“Qual a única forma de retirar o fuzil das mãos dessas pessoas nas comunidades? Desafio que alguém me dê uma solução de como neutralizar alguém com esse armamento na rua. Quando qualifico o policial, eu protejo a comunidade”, explicou Flávio Pacca.

A atual onda de contestações à proposta teve início na terça-feira (30), quando o governador Witzel esteve na GloboNews. Na ocasião, o ex-juiz afirmou que treinaria snipers para abater, até de helicópteros, quem estivesse numa favela portando um fuzil.

No mesmo dia, informalmente, um grupo de policiais civis postou na internet um vídeo mostrando que uma pessoa armada leva de um segundo a dois segundos de reação antes de iniciar disparos com fuzis contra agentes das forças de segurança.

“A aeronave ajuda e preserva vidas nas favelas. Dos moradores e dos policiais. Os traficantes ocupam o teto das casas e tentam tirar proveito disso. Se temos atiradores preparados, podemos inibir ataques às pessoas. A única pessoa que tem que ter medo é o criminoso, e não a sociedade”, conta.

De acordo com Pacca, com a especialização, o policial é capaz de realizar disparos estando em helicópteros e embarcações.

“O tiro é contra o elemento que está combatendo. Mesmo que o policial erre, o que é muito difícil, não vai acertar ninguém porque quando o criminoso atira não há inocentes por perto”, garante o policial.

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https://www.osul.com.br/wilson-witzel-e-flavio-bolsonaro-governador-e-senador-eleitos-pelo-rio-de-janeiro-vao-a-israel-comprar-drone-que-faz-disparos/ Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro, governador e senador eleitos pelo Rio de Janeiro, vão a Israel comprar drone que faz disparos 2018-11-02
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