Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2018
O projeto Amazona é o primeiro no Brasil a analisar os casos de mulheres com menos de 40 anos e diagnóstico de câncer. Ele está na terceira atualização e mostra a luta de pacientes contra tipos invasivos deste tipo de doença.
Os dados foram apresentados para o mundo neste mês, em um dos maiores simpósios do planeta, o San Antonio Breast Cancer Symposium”, no Texas – USA. A pesquisa comparou informações de pacientes com idade inferior a 40 anos e superior.
A conclusão do estudo foi que mulheres brasileiras com menos de 40 anos têm registrado câncer de mama mais agressivos e com estágio mais avançado em comparação com mulheres mais velhas. Em Santa Catarina, o Centro de Novos Tratamentos de Itajaí incluiu participantes nessa pesquisa do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama.
No País, 2950 brasileiras com diagnóstico recente de câncer de mama, participaram da pesquisa realizada entre o período de janeiro de 2016 a março de 2018. “ É de extrema importância ter dados das pacientes brasileiros, ver a realidade do Brasil. Só dessa forma podemos traçar metas para a melhoria da saúde no nosso país”, lembrou o médico oncologista do CNT, Giuliano S. Borges.
Imunoterapia
As informações mundiais divulgadas numa das mais importantes revistas médicas, o NEJM (The New England Journal of Medicine), nos últimos dias mostraram o benefício de associar a imunoterapia no tratamento contra este tipo mais agressivo de câncer de mama: o triplo negativo. O grupo analisado recebeu a imunoterapia com quimioterapia.
Em Itajaí, mulheres receberam essa medicação. O estudo clínico aconteceu no Centro de Novos Tratamentos Itajaí. No mundo, mais de 900 pacientes participaram dessa fase da pesquisa.
“A medicina dá um grande passo para tratar as pacientes com esse diagnóstico. Até o momento não tínhamos progressos na área de novas terapias para o grupo. São resultados positivos, que mostram um caminho promissor”, explicou o médico Giuliano S. Borges.
Exame de sangue
Um exame de sangue para detectar células tumorais poderia ajudar a escolher o tratamento mais adequado para alguns tipos de câncer de mama e, assim, aumentar a sobrevida dos pacientes, de acordo com um teste clínico apresentado em um congresso nos Estados Unidos.
“Este é o primeiro estudo que mostra que, usando essa informação, podemos melhorar a sobrevida dos pacientes”, explicou à AFP o professor Jean-Yves Pierga, chefe do departamento de oncologia médica do Instituto Curie, onde o estudo foi realizado.
Mulheres com câncer de mama com metástases denominadas “sensíveis a hormônios” (o mais comum) são mais frequentemente tratadas com terapia hormonal, enquanto a quimioterapia, que produz pesados efeitos colaterais, é reservado a pacientes com formas mais graves.