Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2018
Pouco depois das 10h, horário marcado para o início da primeira reunião ministerial do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, os 22 futuros ministros já estavam na residência oficial da Granja do Torto. Bolsonaro deixou o Rio de Janeiro por volta das 7h para comandar a reunião ao lado do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. “Mudaremos a direção que governos anteriores deram ao Brasil”, disse o presidente eleito.
“Em Brasília, onde passaremos o dia com futuros ministros, recebendo informações e estabelecimentos de metas iniciais para que comecemos agindo de forma efetiva no dia primeiro de janeiro de 2019. Não há dúvidas que mudaremos a direção que governos anteriores colocaram o Brasil!”, afirmou Bolsonaro no Twitter.
Os ministros evitaram falar com a imprensa antes da reunião. Os futuros ministros da Secretaria de Governo, Gustavo Bebbiano, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, cumprimentaram os jornalistas e sorriram, mas não forneceram informações.
Para chegar à Granja do Torto, residência oficial utilizada por Bolsonaro e sua família em Brasília, Pontes veio de carona em um carro popular. Ele disse apenas que toda a estrutura de sua pasta está concluída.
A equipe de transição que trabalha no CCBB desde 5 de novembro intensificou as atividades nos últimos dias para poder apresentar um desenho mais conclusivo sobre as prioridades e a estrutura do novo ministério.
A previsão é que o tema da reunião, convocada pelo presidente eleito, seja a organização já elaborada pelos ministros para suas área. Esta é a primeira reunião com a equipe completa e ocorre a menos de duas semanas da posse do novo governo, marcada para o dia 1º de janeiro de 2019.
“Decisão de Marco Aurélio será trágica”
O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, criticou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, de suspender a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A medida pode resultar na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros presos da Operação Lava-Jato.
“Respeito a decisão do Ministro Marco Aurélio. Mas as consequências dela serão trágicas para a credibilidade da Justiça brasileira e para a luta contra a corrupção!!”, escreveu Terra no Twitter. A publicação foi apagada em seguida.
Terra fez a declaração depois de participar da reunião com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e futuros ministros na Granja do Torto. Ele saiu mais cedo do encontro e foi o primeiro futuro ministro a se manifestar.
A decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, determinando a soltura de todos os presos que tiveram a condenação confirmada pela segunda instância da Justiça pode beneficiar cerca de 169,3 mil presos em todo o País.