Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2019
A CTA, associação de tecnologia que organiza a feira de tecnologia CES, divulgou a lista de 16 países que mais se destacaram em inovação no ano passado. O ranking é liderado por Austrália, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Israel, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
O ranking considera o quanto um país investe em tecnologia, seja por meio da geração de empregos qualificados nessa área ou pelos dados do PIB (Produto Interno Bruto).
Israel e Coreia do Sul, por exemplo, aplicaram pouco mais de 4% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, seguidos por Suíça (3,4%), Suécia (3,3%) e Áustria (3,1%).
De acordo com a CTA, países com velocidades médias de download acima de 18 mbps também obtiveram boa classificação no ranking.
Entre os países com mais unicórnios — startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais— EUA e China dominam com grande vantagem: 133 empresas americanas e 10 chinesas já ultrapassaram esse valor, que equivale a R$ 3,72 milhões na cotação desta terça (8). O Reino Unido aparece em terceiro, com 12 startups domésticas bilionárias.
IBM
A IBM produziu o primeiro computador quântico integrado, colocando alguns dos maiores avanços da ciência mundial em um cubo de vidro com aresta de 2,70 metros. Mas até agora, só existe um exemplar — e embora a IBM não descarte a possibilidade de vender esse tipo de sistema, um dia, seu plano de negócios envolve alugar acesso ao hardware via internet, em lugar de entregar máquinas nas instalações dos clientes.
Até agora, computadores quânticos, que exploram o poder da mecânica quântica a fim de lidar com cálculos que estão além do alcance das máquinas atuais, só existiam em forma não integrada, em laboratórios de pesquisa.
São feitos de diversos elementos: câmaras reforçadas para armazenar os bits quânticos, ou qubits, que lidam com a computação; tanques de hélio líquido e outros equipamentos criogênicos, para manter os qubits em temperatura próxima do zero absoluto; e racks de componentes eletrônicos para controlar a ação dos qubits e “ler” seus produtos, tudo isso conectado por centenas de metros de cabos.
Montar todos esses componentes como parte do primeiro computador quântico integrado, para propósitos gerais, é um “momento emblemático” para a IBM, dado o histórico da empresa como companhia de sistemas, disse Dario Gil, vice-presidente de operações da IBM Research.
A história da IBM foi construída com base no projeto e produção de alguns dos sistemas de computação mais avançados em suas respectivas eras, começando pelas série 700 de mainframes na década de 1950, e pelo System/360, que levou a computação ao mundo comercial nas décadas de 1960 e 1970.
Para montar o sistema quântico dentro do cubo com suas paredes de vidro de 1,3 centímetro de espessura, a IBM teve de desenvolver eletrônica especial para controlar o sistema. Também teve de desenvolver maneiras de aperfeiçoar o controle de temperatura e impedir vibrações, para que a máquina pudesse apresentar desempenho tão bom quanto aquele que a tecnologia apresenta em laboratório.
Os computadores quânticos funcionam ao colocar seus qubits em um estado temporário conhecido como “superposição”, no qual eles podem representar tanto o bit “1” quanto o bit “0” de um computador convencional. Os qubits são altamente suscetíveis a interferências, e alongar o tempo pelo qual são capazes de manter seu estado quântico – conhecido como “coerência” – se tornou um dos grandes desafios.
A IBM disse que os qubits de seu novo sistema conseguem um tempo de coerência de 75 microssegundos, o que a empresa define como a melhor marca para qualquer máquina quântica de propósitos gerais.