Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2019
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), divulgado nesta sexta-feira (22) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), recuou 0,5 ponto em fevereiro, para 96,1 pontos, depois de quatro meses de altas, quando acumulou um aumento de 13,5 pontos.
“Após quatro meses de alta, a confiança acomodou em fevereiro influenciada por uma reavaliação das expectativas. As previsões dos consumidores sobre economia e situação financeira das famílias, que atingiram níveis próximos ao máximo da série em janeiro, recuaram, o que parece normal após a onda de otimismo pós período eleitoral. É possível que nos próximos meses a tendência de altas moderadas do ISA e reavaliação do IE persistam, levando a uma gradual convergência entre os dois”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Em fevereiro, houve melhora das avaliações sobre o presente e diminuição das expectativas em relação aos próximos meses. O ISA (Índice de Situação Atual) manteve a trajetória de alta pelo quarto mês consecutivo ao subir 1,3 ponto, para 78,1 pontos, atingindo o maior nível desde abril de 2015 (78,9), enquanto o IE (Índice de Expectativas) diminuiu 1,7 ponto, para 109 pontos, mantendo-se ainda em patamares altos em termos históricos.
Entre os indicadores que medem a satisfação dos consumidores sobre o momento atual, o indicador da situação econômica subiu 1,2 ponto, para 85,4 pontos, maior nível desde dezembro de 2004 (87,2), e o que mede a percepção em relação às finanças familiares aumentou 1,5 ponto, para 71,4 pontos, o maior desde maio de 2018 (72,6).
Entre os quesitos que integram o ICC, o indicador que mede o grau de otimismo com a situação financeira das famílias nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o recuo da confiança neste mês, ao cair 5,7 pontos, para 105,9 pontos.
O indicador que mede as perspectivas futuras quanto à situação econômica também diminuiu 4,3 pontos, passando de 130,9 pontos para 126,6 pontos. Mesmo com a acomodação das expectativas, os consumidores aumentaram a intenção de compras nos próximos meses. O indicador subiu 5 pontos, atingindo 92,6 pontos, o maior desde outubro de 2014 (94,9).
Entre as faixas de renda, a maior queda é para as famílias com renda de até R$ 2.100. O ICC-R1 recuou 6,2 pontos, para 96,9 pontos em fevereiro, por conta do pessimismo em relação às perspectivas com a situação financeira. O resultado, no entanto, mostra os consumidores um pouco voláteis nas suas expectativas, já que esse quesito foi o principal fator que influenciou no avanço da confiança para essa faixa de renda em janeiro.