Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
Por Leandro Mazzini | 24 de fevereiro de 2019
Em busca dos votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, ministros do Palácio do Planalto vão abrir a agenda para líderes empresariais nas próximas semanas. O principal argumento dos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PSL) será o de que a aprovação do texto enviado ao Congresso Nacional é imprescindível para melhorar o ambiente de negócios e, consequentemente, dar segurança aos investidores estrangeiros.
O governo aposta no poder de convencimento do empresariado sobre deputados e mira principalmente o apoio de líderes do segmento de confederações, federações estaduais da indústria e construção civil.
Chega-pra-lá
Levy Fidelix, presidente do PRTB, perdeu o acesso livre ao Planalto. Agora, tem que se anunciar e entrar só com hora marcada e gabinete confirmado.
Calma, doutor
Fidelix entrava com “carteirada”, anunciando-se presidente do partido do general Mourão, vice de Bolsonaro. É fato. Mas partido é uma coisa e governo é outra.
Ela voltou
Ex-ministra palaciana do governo Dilma Rousseff, a ex-senadora petista Ideli Salvatti agora entra lá como representante de uma empresa israelense junto à Abin.
PPS na oposição
No congresso nacional do PPS, dia 23 de março, em Brasília, o presidente nacional do partido, Roberto Freire, vai propor oposição ao governo – como a Coluna antecipou e fará críticas à administração Bolsonaro. “Bolsonaro é despreparado para governar. E o clã que o representa só faz piorar a situação de tensão. Um exemplo disso foi o episódio com o ex-ministro Bebianno”, diz Freire.
Renda básica
Em julho, o ex-senador Eduardo Suplicy vai lançar “Diário de Viagem”, sobre as visitas que fez, em janeiro, às comunidades que vivem da renda básica no Quênia.
Economia total
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, chegou com tanta vontade de cortar custos que sobrou até para as comendas – e, fato, são muitas – entregues tradicionalmente pelo Executivo estadual. Das 11 existentes, ele quer manter apenas a mais famosa, a Medalha da Inconfidência, entregue em Ouro Preto a personalidades de vários Estados e do exterior.
Aliás…
… Ano passado, o governo mineiro gastou quase R$ 4 milhões apenas com cerimônias para entrega das comendas.
Direita, esquerda…
Mais do debate direita X esquerda que tomou o campus universitário Brasil adentro. “Política sexual do neoconservadorismo” é uma das disciplinas oferecidas na UnB, de Brasília.
Alocado
Mais um ex-deputado derrotado nas urnas foi alocado no governo de Bolsonaro. Benjamin Maranhão Neto (MDB-PB) foi nomeado para exercer, no Ministério da Cidadania, o cargo de (respire!) “diretor do Departamento de Fomento à Inclusão Social e Produtiva Rural da Secretaria Nacional de Inclusão Social e Produtiva Rural da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social”.
Cantinho gaúcho
A pasta da Cidadania é comandada pelo deputado Osmar Terra, também do MDB gaúcho. O ex-deputado Lelo Coimbra, outro do MDB que não conseguiu ser reeleito, ocupa o cargo de secretário especial do Desenvolvimento Social no mesmo ministério.
Ani$tia?
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, entrou no lobby das operadoras e propõe anistia de multas que chegam a R$ 20 bilhões aplicadas contra as empresas do segmento. Ele conversou com os senadores – dentre eles o presidente Davi Alcolumbre – e pediu agilidade na aprovação nova Lei das Teles (PLC 79/2016).
Ah, bom…
Pontes defende que o projeto seja aprovado “o mais rapidamente possível, caso contrário a regulação do setor ficaria defasada em relação à dos demais países”.
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