Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de março de 2019
Empresários bolsonaristas que lançaram a campanha Empregue Mais Um em dezembro, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo, refazem seus planos.
Diante do impasse sobre a Previdência no Congresso, dão um ultimato: não vai ter emprego se não sair a reforma. “Temos de focar a aprovação [da reforma], porque se não passar, não há milagre”, diz Gabriel Kanner, do grupo que reúne nomes como Flávio Rocha (Riachuelo) e Luciano Hang (Havan).
“Não terá geração de emprego, não terá dinheiro para nada. Qualquer coisa que planejarmos serão só sonhos utópicos sem dinheiro em caixa. A prioridade zero é a nova Previdência”, diz Kanner.
Apoio
Empresários como Flávio Rocha e Luciano Hang se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tarde de terça-feira (26) para entregar-lhe uma carta manifestando apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo federal.
Eles também lançaram no Congresso a Frente Parlamentar Mista Brasil 200, que tem como base o movimento homônimo que reúne empresários que defendem uma agenda econômica liberal e uma posição conservadora nos costumes. Rocha e Hang são dois de seus fundadores.
O encontro com Bolsonaro também teve a participação a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), coordenadora da frente, e de outros idealizadores do movimento Brasil 200, como o seu presidente-executivo, Gabriel Kanner, e os empresários João Appolinário, Sebastião Bomfim, Marcelo Pessoa e Washington Cinelândia.
“Este País só será possível com o avanço da agenda das reformas. E é imperioso reconhecer: a mãe de todas as reformas é a nova Previdência, sinalizando solidez fiscal, responsabilidade com o futuro do País e garantia de estabilidade econômica para os próximos anos”, diz a carta do grupo.
O texto continua: “Não é hora para que divergências pequenas e pontuais atrapalhem uma reforma tão vital para o Brasil. Cremos firmemente que com o capital político que o senhor conquistará a partir da aprovação da reforma, todas as demais mudanças que o Brasil tanto necessita também se viabilizarão”.
Segundo o grupo, a frente tem como objetivo a construção de medidas para a redução do custo da máquina pública, o combate à corrupção e ao excesso de regulamentações.