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Por Redação O Sul | 20 de abril de 2019
A Justiça concedeu medida cautelar para impedir que o homem de 31 anos, que entregou o carro para o filho de 7 anos dirigir na rodovia Marechal Rondon, em Bauru (SP), possa continuar visitando a criança. A informação é do advogado Carlos Alexandre de Carvalho, que representa a mãe do garoto. As informações são do portal de notícias G1.
De acordo com o advogado, a medida cautelar em caráter liminar foi assinada pela juíza Ana Carla Criscione dos Santos, da 1ª Vara de Família de Bauru. “Ela teve manifestação favorável do Ministério Público (MP), mas a decisão ainda cabe recurso”, informou.
Ainda de acordo com o advogado, a sentença também agendou para junho uma audiência de conciliação sobre o caso.
Ele explica que, em seu despacho, a juíza destacou que sua decisão se baseou no “grande perigo causado à criança pelo pai ao entregar-lhe o volante do carro”.
A reportagem do G1 tentou entrar em contato com o pai do menino, mas não obteve retorno.
Flagrante
O caso foi registrado na madrugada de segunda-feira (15). Segundo a Polícia Rodoviária, uma fiscalização era feita quando, na altura do quilômetro 338 da Rodovia Marechal Rondon, quando os policiais abordaram o veículo e encontraram a criança ao volante.
Ao parar o carro, os policiais encontraram o menino de 7 anos ao volante e o adulto no banco do passageiro e segurando uma garrafa de uísque. Ainda conforme a polícia, um dos policiais rodoviários quase foi atropelado.
A polícia informou que no celular do homem havia um vídeo no qual aparecia o filho dirigindo o carro na rodovia antes do sinal da primeira abordagem, com o pai ao lado dando as orientações. Não há informações de quantos quilômetros o menino teria dirigido pela via durante a madrugada.
O pai do garoto foi levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde prestou depoimento e foi liberado para responder em liberdade aos crimes de confiar direção a uma pessoa não habilitada, desobedecer a ordem de parada, licenciamento vencido e má conservação do veículo.
O menino foi devolvido para a mãe, que afirmou que estava preocupado pelo fato de que o ex-marido responde pelo crime em liberdade e poderia, até então, continuar visitando o filho.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Bauru, que já começou a ouvir os envolvidos no caso e também testemunhas.
Segundo o delegado Dinair José da Silva, responsável pelo caso, até quinta-feira (18) o pai do garoto ainda não havia sido notificado da decisão.