Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2019
Após ataque a petroleiros no Oriente Médio, os preços do petróleo subiram. Os contratos futuros do petróleo subiam nesta segunda-feira devido à crescente preocupação com interrupções no fornecimento no Oriente Médio, mesmo com investidores e comerciantes ainda preocupados com as perspectivas do crescimento econômico global em meio a um impasse nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
O petróleo Brent subia 1,44 dólar, ou 2,04%, a US$ 72,06 por barril, às 9h32 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,15 dólar, ou 1,87%, a US$ 62,81 por barril.
A Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que dois petroleiros sauditas estavam entre navios atacados na costa dos Emirados Árabes Unidos, condenando o que definiu como uma tentativa de ameaçar a segurança da oferta global de petróleo.
Os Emirados Árabes Unidos disseram no domingo que quatro navios comerciais foram atacados perto de Fujairah, um dos maiores centros de abastecimento de combustível do mundo. O porto fica perto do Estreito de Ormuz, um dos canais de exportação de petróleo mais importantes do mundo.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã considerou os incidentes “preocupantes e terríveis” e pediu uma investigação sobre o assunto.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos são o primeiro e terceiro maiores produtores da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Os mercados têm sido apoiados pela tentativa de Washington de cortar as exportações de petróleo do Irã para zero e reduzir as exportações da Venezuela, onde problemas de infraestrutura também reduziram a produção.
Mas o atrito comercial entre Washington e China, que se intensificou na semana passada, deve manter um teto sobre os preços.
Ataque
O Ministério de Energia da Arábia Saudita afirmou nesta segunda-feira (13) que dois navios petroleiros de bandeira saudita foram alvos de “ataques de sabotagem” perto da costa dos Emirados Árabes Unidos. Segundo o ministro da pasta, Khalid AL-Falih, as duas embarcações foram atacadas na costa de Fujairah, um dos maiores centros de abastecimento de petroleiros do mundo, localizado no estreito de Ormuz, e sofreram “danos significativos”.
“Felizmente, o ataque não deixou vítimas ou causou derramamento, mas causou danos significativos na estrutura das duas embarcações”, ressaltou.
Riad condenou o episódio e ressaltou que foi uma tentativa de minar a segurança do abastecimento internacional. No entanto, as operações continuam normalmente.
No domingo (12), o Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, por sua vez, chegou a informar que quatro navios comerciais, sendo dois sauditas, um norueguês e outro dos EAU, foram alvos de sabotagem na região. Mas as autoridades não chegaram a esclarecer a natureza do ataque nem os possíveis responsáveis. “Realizar ataques de sabotagem em navios civis e comerciais e ameaçar a segurança e as vidas dos que estão a bordo é um acontecimento grave”, afirmou o governo dos Emirados Árabes Unidos.
O governo do Irã, que faz fronteira com o estreito, pediu uma investigação completa sobre o caso, que ocorre em um momento em que os Estados Unidos aumentaram sua presença na região em meio à deterioração das relações com o Irã.
As tensões estão altas na região desde que Teerã anunciou que deixará de cumprir algumas das medidas previstas no acordo nuclear de 2015, do qual Washington saiu no ano passado.
No mês passado, os EUA decidiram acabar com as isenções de sanções para os principais importadores de petróleo iraniano.
O governo do presidente Donald Trump enviou navios de guerra para a região para combater o que chamou de “indicações claras” de ameaças do Irã às suas forças e ao tráfego marítimo. O Irã, por sua vez, rejeitou a alegação. Cerca de um quinto do petróleo consumido globalmente passa pela área.