Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2019
Um projeto que promove a conscientização e empoderamento de estudantes por meio do processo de afrobetização (ressignificação e resgate da história africana e afro-brasileira), é finalista do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2019, a maior honraria sobre o tema na América Latina. O “Projeto Afroativos – solte o cabelo, prenda o preconceito”, é protagonizado por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Saint’Hilaire, no bairro Lomba do Pinheiro.
Cerca de 125 alunos entre o 1º e 9º ano, atuam de forma efetiva no projeto dentro e fora dos muros da escola. É por meio de palestras, oficinas, contações, participações, reuniões e estudos que eles levam o conhecimento adiante. Além disso, a ação resultou no desenvolvimento do Calendário Afroafirmativo, com a proposta de apresentar para os estudantes datas e momentos históricos da cultura afro e biografias de personalidades negras.
A ideia do projeto surgiu através da carta de uma aluna de 10 anos insegura com o próprio cabelo, incentivando a educadora a promover ações no âmbito escolar. “Essa conscientização só acontece quando a gente começa, desde a base, a plantar essa semente”, diz Larisse.
O Prêmio
O Afroativos concorre na categoria “Educação e Oportunidades”, pertencente ao pilar educação do Sim à Igualdade Racial. Os outros dois projetos finalistas são o Uneafro, que realiza cursos pré-vestibulares comunitários, e a Escola Bilíngue Afrobrasileira Maria Felipa, uma ação de jovens negros na busca por uma educação com outros marcos civilizatórios.
Ao todo, são 11 categorias divididas em três pilares: educação, cultura e empregabilidade. Os vencedores ganharão uma estatueta com a imagem da obra “Mad World”, do artista plástico Vik Muniz, que retrata um globo terrestre a partir de acontecimentos importantes pelo mundo.