Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (05) que quando o assunto é economia ele é “ingênuo mesmo” e tem humildade em reconhecer. Bolsonaro comentou a fala da véspera do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que o presidente tem bons princípios, mas tem “uma ingenuidade ou outra”. Em seu comentário, Guedes minimizou o posicionamento do presidente, que tentou emplacar regras mais suaves na reforma da Previdência para policiais federais, rodoviários federais e legislativos.
“Quando se fala em economia, eu sou ingênuo mesmo. Eu tenho humildade para reconhecer. Porque os economistas passados quebraram o Brasil. Quando falei que eu não nasci para ser presidente e aí vieram crítica… os outros que nasceram para ser presidente estão presos, respondendo a processos e ensacando vento. Humildade acima de tudo”, afirmou.
“Quer comparar a minha bagagem cultural com a do general Heleno? Não dá para comparar. Além da idade, alguém que foi exemplar em todas as funções que ocupou aqui no Brasil.” Bolsonaro participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.
Irmão
Após Bolsonaro dizer que trabalhou desde os “9, 10 anos”, internautas recuperaram uma entrevista feita com a família do então deputado federal, em março de 2015, na qual um dos irmãos de Bolsonaro nega que qualquer um deles tenha trabalhado quando criança.
A reportagem, da revista Crescer, ouviu a mãe de Bolsonaro, Olinda Bolsonaro, e um dos irmãos, Renato Bolsonaro, que, em determinado momento fala da relação dele e dos irmãos com o pai. “Meu pai tinha o estilão dele, boêmio. Mas nunca deixou um filho trabalhar, porque achava que o filho tinha que estudar”, disse.
O relato de Renato vai de encontro com o de Bolsonaro na última quinta-feira (04). Em mais uma de suas transmissões ao vivo pelo Facebook, Bolsonaro sugeriu que era a favor do trabalho infantil. “Trabalho dignifica o homem, a mulher, não interessa a idade”, disse.
Logo em seguida, porém, fez questão de ressaltar que não pretende propor a flexibilização da lei que trata do trabalho infantil, pois sabe que, se fizesse isso, “seria massacrado”. “Fique tranquilo que não vou apresentar nenhum projeto aqui para descriminalizar o trabalho infantil, pois eu seria massacrado. Mas quero dizer que eu, meu irmão mais velho, uma irmã minha também, pouco mais nova, com essa idade, 8, 9, 10, 12 anos, trabalhava na fazenda. Trabalho duro”, declarou.