Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2019
Quase ninguém acreditava na conversa da Microsoft quando a empresa anunciou que investiria em software livre e lançaria distribuições Linux em seu serviço de nuvem, o Microsoft Azure. Ainda mais em 2012, quando o CEO era Steve Ballmer. Mas a investida deu tão certo no mundo open source que, segundo um desenvolvedor da empresa, o pinguim já é mais usado que o Windows Server na nuvem da própria Microsoft.
O crescimento foi gradual. As primeiras instâncias com Linux apareceram em junho de 2012 no Microsoft Azure – que ainda era chamado de Windows Azure. Em 2015, o CTO Mark Russinovich disse que uma em cada quatro instâncias rodavam Linux. Dois anos depois, o sistema operacional de código aberto ultrapassou 40% de participação nas máquinas virtuais da nuvem da Microsoft.
Agora, em uma lista de discussão de segurança, o desenvolvedor Sasha Levin, responsável pelo kernel Linux na Microsoft (que estranho falar isso), comenta que “o uso do Linux na nossa nuvem ultrapassou o Windows”. No site do serviço de nuvem, a Microsoft já afirmava que “aproximadamente 50% de todos os núcleos de computação do Azure são Linux”.
Não é tão surpreendente considerando o mercado global de servidores, em que o Linux já lidera com 68% de participação, como mostra o ZDNet, mas não deixa de ser curioso. O Microsoft Azure suporta atualmente máquinas virtuais com oito distribuições Linux: Red Hat, SUSE, openSUSE, Ubuntu, CentOS, Debian, CoreOS e Oracle Linux. Recentemente, a empresa licenciou 60 mil patentes de graça para o Linux. E, desde 2018, a Microsoft tem sua própria distribuição, o Azure Sphere OS, focado em internet das coisas.
Lançamento
Mais uma grande distribuição Linux deve deixar a arquitetura de 32 bits. O projeto Linux Mint anunciou hoje que eles decidiram seguir a decisão da Canonical de abandonar o suporte ao sistema de 32 bits em versões futuras de seu sistema operacional Ubuntu. Assim, o Linux Mint 19 é a última versão para suportar sistemas de 32 bits. Deste modo, o Linux Mint 20 e lançamentos futuros reduzem suporte para instalações de 32 bits.
A Canonical causou um grande rebuliço na comunidade Linux ao anunciar no mês passado que planejava largar o suporte para sistemas de 32 bits. A empresa desfez o comunicado após reações das equipes do Wine e Valve. Isto porque estes e outros grandes projetos ainda precisam de bibliotecas de 32 bits. Então, já a partir do Ubuntu 19.10 (Eoan Ermine), só construirão.