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Brasil O jornalista Glenn Greenwald diz que não vai entregar as mensagens de Sérgio Moro a autoridades: “Coisa de país autoritário”

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O jornalista (foto) disse que continuará publicando reportagens sobre o vazamento de conversas entre procuradores e Sérgio Moro no âmbito da Lava-Jato. (Foto: Reprodução/TV Senado)

O jornalista e editor do site Intercept Brasil disse que o site não vai entregar o material recebido de uma fonte anônima à polícia ou à Justiça. Para Glenn Greenwald, entregar a fonte ao Estado só aconteceria em países autoritários e não em Democracias. “O que nós fizemos, como profissionais, nós verificamos com muita cautela que o material é totalmente autêntico”, acrescentou.

Glenn Greenwald participou de audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal para falar dos vazamentos de conversas de procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato com o ex-juiz Sérgio Moro.  As conversas privadas revelam que, segundo Greenwald, Moro e procuradores, principalmente Deltan Dallagnol, combinando estratégias de investigação e de comunicação com a imprensa no âmbito da Operação Lava-Jato.

O jornalista classificou como atentado à liberdade de imprensa as notícias de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, estaria, por meio da PF (Polícia Federal), investigando a sua vida e de outros profissionais do site. Greenwald disse que não tem medo e que continuará publicando novos vazamentos.

“Há notícias de que ele está investigando e ele nunca negou. Isso mostra a mentalidade do ministro. Ele quer que fiquemos com medo e apreensão. Não temos medo nenhum. Continuamos publicando depois disso. Vamos continuar publicando”, disse.

Greenwald foi convidado pela CCJ, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para falar sobre os vazamentos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, e outros procuradores, pelo aplicativo Telegram.

O jornalista contou que recebeu as informações de uma fonte que não quer ser revelada e ressaltou que a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas garantem o sigilo. “Eu li a Constituição brasileira que protege e garante exatamente o que estamos fazendo e confio muito nas instituições brasileiras para aplicar e proteger esses direitos. O clima que o ministro está tentando criar é de uma ameaça à imprensa livre”, disse.

Glenn, que é também advogado formado nos Estados Unidos, disse ter ficado chocado ao ler o material pela primeira vez. “Eu tinha nas minhas mãos a evidência mostrando que o tempo todo Sérgio Moro estava não só colaborando com os procuradores, mas mandando na força-tarefa da Lava-Jato”, relatou.

Em sua exposição inicial, o jornalista também lamentou a baixa presença de senadores, em especial do partido do governo, que, segundo ele, o atacam virtualmente mas não compareceram para debater. “Eu gostaria muito de discutir frente a frente essas acusações falsas que eles estão espalhando quando não estou presente e esta é uma oportunidade para discutir essas acusações na minha cara, para examinar se elas são falsas ou verdadeiras, mas infelizmente eles não estão aqui para fazer isso”, apontou.

O jornalista reforçou ainda que não está à serviço de nenhum partido ou político: “Eu sou jornalista, não sou político. Não tenho fidelidade com qualquer partido. Publicamos artigos criticando partido de direita e de esquerda, inclusive o do meu marido (David Miranda, do Psol-RJ). Somos independentes. Estamos defendendo os princípios cruciais e fundamentais para uma democracia: a imprensa livre”, reforçou.

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