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Brasil Nos celulares hackeados, a Polícia Federal investiga quantas vezes hackers se passaram por autoridades em aplicativo

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Até agora, a PF já contabiliza pelo menos quatro casos em que o autor ou os autores das invasões deram início ou continuaram diálogos, fingindo ser o dono do telefone. (Foto: Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) busca identificar quantas vezes o grupo de supostos hackers preso na última terça-feira (23) se passou por autoridades no aplicativo de mensagens Telegram. Os investigadores querem descobrir quais dos integrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário tiveram conversas conduzidas pelos invasores dos telefones celulares.

De acordo com informações iniciais da investigação, os ataques dos hackers aos celulares começaram em fevereiro deste ano, o que descartaria a possibilidade de eles terem se passado pelos alvos nas trocas de mensagens anteriores a esse período. Até agora, a PF já contabiliza pelo menos quatro casos em que o autor ou os autores das invasões deram início ou continuaram diálogos, fingindo ser o dono do telefone.

A polícia apura se o telefone do presidente Jair Bolsonaro, alvo dos hackers, sofreu esse tipo de ação por parte deles. Investigadores dizem que isso ocorreu, por exemplo, com o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança). Mais de mil pessoas podem estar na lista de alvos dos hackers, segundo a polícia. Apenas o aplicativo Telegram foi atingido.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi alvo de uma tentativa de ataque no aplicativo Telegram em abril, mas os hackers não conseguiram acessar as informações do celular. O ministro foi informado do ataque pelo próprio Telegram, mas não foi comunicado oficialmente pelo Ministério da Justiça de estar entre as autoridades hackeadas.

O plano da PF agora é primeiro descobrir quais invasões tiveram de fato sucesso, ou seja, quantas contas o grupo conseguiu de fato se infiltrar. De acordo com pessoas envolvidas na investigação, há um padrão que caracteriza sucesso e fracasso, o que ajuda no trabalho em andamento.

A expectativa é que vítimas dos grampos sejam chamadas para prestar depoimentos à PF. Um laudo está sendo finalizado com as informações e deve ser entregue até o início da semana que vem. O ministro da Justiça tem avisado as autoridades vítimas de hackers que as mensagens capturadas pelo grupo preso pela Polícia Federal serão destruídas.

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio Noronha, afirmou na quinta-feira (25) que a informação foi dada pelo próprio ministro por telefone. A comunicação foi confirmada à reportagem pela assessoria de Moro. Moro telefonou a Noronha para comunicar que ele estava na lista dos alvos do grupo preso pela Polícia Federal.

O descarte de qualquer material apreendido em operações policiais é uma decisão que cabe à Justiça e só pode ocorrer com decisão do juiz. O gesto de Moro provocou reação imediata. A Polícia Federal afirmou, por meio de nota, que a caberá à Justiça, “em momento oportuno, definir o destino do material” apreendido.

 

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