Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2015
Dificuldade de perder peso, cansaço, cãibras… Os últimos meses foram de suplício para a lutadora brasileira de MMA Kinberly Novaes. Apesar da dificuldade, ela seguiu com seus treinos. Mas teve um grande susto. Descobriu que estava grávida de quase seis meses em maio, depois de lutar no Noxii Combat 1, em Joinville (SC).
A atleta foi parar no pronto-socorro achando que estava com uma estranha prisão de ventre. Saiu de lá com um teste positivo na mão que nada tinha em relação ao seu intestino. O caso chocante – e muito perigoso – trouxe à tona a atitude negligente dos organizadores da competição realizada em solo catarinense, que não exigiram a apresentação de exames médicos dos lutadores. Um teste comum poderia ter constatado a gravidez de Kinberly mais cedo e evitado muitos dos riscos à lutadora e ao seu bebê.
Preocupação
Kinberly relatou que percebeu algo diferente em seu corpo, mas não sabia o que era. Ela pensava que estava doente, até ser surpreendida. “De vários meses para cá, eu sentia coisas diferentes no meu corpo. Um dia, achei que estava com infecção urinária. Outros, a imudade estava muito baixa, então pegava muitos resfriados, ou sentia muitas cãibras e cansaço nas pernas. Mas o que começou a preocupar é que eu estava muito acima do peso, eu tinha muita dificuldade para descer de peso”, contou ela.
Com muitas dificuldades, ela conseguiu alcançar o limite para seu combate em maio, que se desenrolou de forma bastante agressiva. “Acho que o pior foi o processo de perda de peso, onde posso ter colocado o bebê mais em risco. E a luta foi dura, foi até o final, venci por pontos. Trocamos ‘porrada’ por três rounds e tomei muitos golpes no abdômen”. Foi a oitava vitória de Kinberly em dez combates.
Baque
O baque foi grande. Kinberly e o namorado e pai de seu filho, Jacson Carvalho, que também é lutador do MMA, saíram aos prantos do hospital. É bom salientar que não é incomum uma gravidez demorar a ser percebida. Entre atletas, que muitas vezes não menstruam e tem uma estrutura muscular diferente, a incidência dessa “distração” é maior. “Pelo menos ele já nasce com uma vitória no cartel”, brinca Kinberly.