Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2019
Com a deflagração de uma operação nacional da PF (Polícia Federal), nessa sexta-feira, contra o exercício ilegal da atividade de segurança privada, ao menos 30 empresas do segmento no Rio Grande do Sul entraram na mira da corporação. Um dos endereços, em Porto Alegre, foi lacrado.
O estabelecimento fica no bairro Floresta (Zona Norte), mas não teve o seu nome divulgado, apenas imagens da fachada, que mostram uma logomarca em forma de caveira com uma boina preta. Ali, os agentes recolheram itens como imitações de arma-de-fogo, munição, uniforme e um par de algemas. O nome do estabelecimento não foi divulgado.
A ação, que contou com o apoio da BM (Brigada Militar), também abrangeu São Leopoldo, Gravataí, Campo Bom, Bagé, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Itaara, Santa Maria, Carazinho, Santa Rosa, Santo Ângelo e Santana do Livramento.
Durante a fiscalização, foi verificado o cumprimento de requisitos como a documentação exigida em lei. Outra obrigação observada foi a comprovação de que os seguranças e vigilantes contratados possuem o devido treinamento e capacitados para a atividade.
Esta foi a quarta etapa da “Segurança Legal”, que combate práticas como a atuação de empresas irregulares e o emprego de indivíduos não capacitados para garantir a segurança de estabelecimentos comerciais e locais de acesso público, o que representa um risco à segurança pública.
A Operação foi levada a cabo de forma simultânea nos 26 Estados e no Distrito Federal por 95 unidades de PF. Ao todo, 318 estabelecimentos de segurança privadas foram abordados.
As empresas flagradas com problemas estão sujeitas a uma série de sanções legais, incluindo a suspensão e encerramento definitivo de suas atividades. No caso de atuação clandestina (sem registro junto à corporação), isso representa crime, com pena de prisão de três meses a dois anos.
Em uma das primeiras fases da Operação “Segurança Legal”, no final de junho de 2017 (também uma sexta-feira), a Polícia Federal realizou uma investida nos mesmos moldes, envolvendo cerca de 500 agentes no combate a empresas que vinham atuando de modo clandestino.
Na ocasião, mais de 80 policiais bateram à porta de 40 endereços em Porto Alegre, Região Metropolitana e Interior do Estado.
Polícia Civil
Em Uruguaiana, a Delegacia de Polícia Civil cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão preventiva em residências de suspeitos de integrar uma facção criminosa. Com um dos capturados – envolvido em homicídio no começo do mês – foi encontrado um veículo furtado em Santa Catarina.
Além dele, receberam voz de prisão quatro indivíduos com acusações de tráfico de drogas, corrupção de menores e receptação. Um adolescente, por sua vez, foi apreendido por crime análogo ao tráfico.
Um dos mentores intelectuais do assassinato que motivou a operação já cumpre sentença por outro crime, na Penitenciária Modulada de Uruguaiana. Ele possui vínculo com outras mortes ainda sob investigação na 1ª Delegacia de Polícia local, que atribui os crimes à disputa por pontos de tráficos entre dois grupos.
(Marcello Campos)