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Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2019
Descobrir o número exato de representantes do único país pentacampeão mundial que estão expatriados é uma tarefa impossível, já que nenhum órgão ou instituição faz esse levantamento.
A Fifa e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) só contabilizam o fluxo anual de entrada e saída de jogadores que passaram por seus sistemas de transferência – ou seja, o número ignora atletas que estavam sem contrato e simplesmente assinaram com um novo clube.
De acordo com o “Global Transfer Market Report”, documento feito pela Fifa, os times brasileiros fizeram no ano passado 832 vendas ou empréstimos de jogadores para equipes de outros países.
No entanto, não há distinção sobre as nacionalidades dos atletas. Além disso, nada impede que um mesmo futebolista tenha sido envolvido em duas transações diferentes – uma na janela de janeiro e outra na de julho/agosto, por exemplo.
Outro dado disponível é o estudo anual publicado pelo Observatório do Futebol do CIES (Centro Internacional de Estudos Esportivos), que mostra a nacionalidade dos jogadores que disputam a primeira divisão de 31 ligas nacionais da Europa.
No levantamento mais recente do órgão, apresentado no mês passado, havia 466 jogadores brasileiros espalhados por esses campeonatos, um crescimento de 2,4% em relação à marca de 2015.
Como não há um estudo definitivo sobre o tema, o blog de Rafael Reis passou as últimas semanas analisando diferentes bancos de dados para tentar chegar ao o número mais próximo possível do real e encontrou 2.913 atletas brasileiros de futebol espalhados por 100 países diferentes.
Na comparação com quatro anos atrás, houve um aumento de 34% na quantidade de jogadores do país localizados no exterior. Portugal, Alemanha e Itália continuam sendo, nessa ordem, as três nações que mais acolhem os compatriotas de Neymar, Philippe Coutinho e Roberto Firmino.
As novidades no top 10 dos países mais importadores de brasileiros são a presença da Tailândia (nona colocada) e a ausência de Turquia e China, que dividiam a décima posição em 2015.
O levantamento considera apenas jogadores que têm a cidadania brasileira como principal. Foram desconsiderados atletas que defendem outras seleções (principal ou de base), assim como filhos/netos de brasileiros que tenham nascido no exterior e não joguem pelo time da CBF em nenhuma categoria.
Veja quais são os dez países: 1º – Portugal – 684; 2º – Alemanha – 249; 3º – Itália – 152; 4º – Japão – 111; 5º – Estados Unidos – 107; 6º – Suíça – 103; 7º – Espanha – 85; 8º – Malta – 77; 9º – Tailândia – 65; 10º – Áustria – 63.