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Notícias Os homicídios tiveram uma redução de 24% no Rio Grande do Sul em 2019

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País teve ao menos 5.804 mortes cometidas por policiais na ativa no ano passado, contra 5.716 em 2018. (Foto: EBC)

Dados apresentados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Rio Grande do Sul apontam que o Estado encerrou 2019 com os menores índices de criminalidade dos últimos dez anos. Ao todo, foram 1.793 homicídios de janeiro a dezembro, contra 2.362 no ano anterior – redução de 24,1%. Com isso, foram 15,8 assassinatos para cada 100 mil habitantes, menor taxa da década iniciada em 2010.

A estatística leva em conta a estimativa demográfica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que indica 11,37 milhões de moradores em território gaúcho.

“Ainda não é o que desejamos para o nosso Estado, mas é um avanço expressivo e merece ser celebrado”, discursou o governador Eduardo Leite. “Afinal, este é um quesito fundamental na escolha de quem decide morar ou investir em um lugar. Significa qualidade de vida. Por isso, é e seguirá sendo uma das prioridades do nosso governo.”

Na comparação entre o total de pessoas mortas em homicídios, latrocínios e feminicídios nos últimos 12 meses com igual período anterior, 603 vidas foram preservadas no Estado. O número de óbitos por esses crimes baixou de 2.571 para 1.968.

O principal fator para esse quadro de retração, conforme o Palácio Piratini, é o foco territorial empregado pelo programa “RS Seguro”. A partir de estudo técnico, as ações foram centradas no combate ao crime nos 18 municípios onde se concentravam os maiores índices de violência.

Esse grupo de cidades foi responsável por 90,6% da redução de homicídios em todo o Rio Grande do Sul. Significa que a cada 10 homicídios a menos em 2019, nove deixaram de ocorrer nos municípios priorizados.

“Isso mostra que a nossa estratégia foi acertada, tanto no foco territorial como na integração de todos os agentes da segurança e das diferentes esferas. Por isso, queria fazer um agradecimento especial a todos os operadores que, diuturnamente, arriscam suas vidas para que as demais sejam preservadas”, afirmou o titular da SSP e vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior.

O acumulado de roubos com morte também contribuiu para preservação de vidas no Estado. Foram 73 ocorrências de latrocínios (com 75 vítimas) entre janeiro e dezembro de 2019 ante 91 ocorrências (93 vítimas) nos 12 meses anteriores – redução de 19,8%. Na capital, 12 pessoas foram mortas durante assaltos no ano passado, uma a menos do que em 2018.

Focos regionais

Embora sem capacidade para alterar o acumulado ao longo do ano, o resultado isolado de dezembro representou altas pontuais em alguns crimes no Estado. O mês se encerrou com 171 vítimas de homicídio, duas a mais (1,2%) do que as 169 do mesmo período de 2018.

As maiores altas ocorreram em Santa Cruz do Sul, Sapucaia do Sul (ambos com cinco vítimas a mais), Pelotas (quatro a mais), Farroupilha, Novo Hamburgo (três a mais em cada) e Porto Alegre (duas a mais). Ao detectar essas elevações pontuais, o comitê de análise da Geseg do programa RS Seguro alinhou a intensificação de ações repressivas pelas instituições vinculadas à SSP, em especial a Brigada Militar e a Polícia Civil.

Em Porto Alegre, por exemplo, onde o número de vítimas de homicídio passou de 37 em dezembro de 2018 para 39 no último mês, o estudo dos dados identificou elevação concentrada na Restinga, com oito mortes, enquanto a média mensal entre janeiro e novembro no bairro havia sido de 2,5.

“As investigações policiais em andamento, somadas ao trabalho de inteligência criminal realizado pela Divisão de Inteligência do Departamento de Homicídios, verificaram que se iniciou em dezembro uma disputa na localidade conhecida como Vila Bica, onde uma antiga liderança que perdera o domínio local buscou uma retomada de espaço”, explica a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital, da Polícia Civil.

A partir desse diagnóstico, as forças de segurança imediatamente passaram a trabalhar em estratégias de repressão ao crime na Restinga. Além de ampliar as diligências de policiais da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DHPP) em busca de informações e para intimação de testemunhas, foi deflagrada em 27 de dezembro uma ofensiva ostensiva permanente das DHPPs, denominada Operação Contenção.

Em ação integrada com a BM, a área passou a ter a presença de mais de 60 policiais civis e militares, que atuaram em coleta de dados, identificação de testemunhas e suspeitos, vistoria em veículos e busca por foragidos. Em uma das ações, um homem com antecedentes por envolvimento em homicídios e tráfico de drogas, integrante de uma facção originada no bairro Bom Jesus, foi preso.

(Marcello Campos)

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