Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter neste sábado para criticar a decisão do partido Podemos de entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a cobrança de tarifa no cheque especial. “Cancelar a medida pela via judicial, seria fazer os juros voltarem a subir para 14%, prejudicando os mais pobres e mais endividados”, afirma o presidente, que publicou hoje três tuites para falar do cheque especial.
Na postagem Jair Bolsonaro disse: “Hoje, grande parte dos 20 milhões de clientes que tem o limite de até R$ 500 estão endividados. Estamos falando de pessoas que não podem saldar suas dívidas e pagam juros médios de 14% ao mês. E, que seriam isentas da tarifa de acordo com a medida que foi tomada pelo BC (Banco Central)”.
Bolsonaro ressalta que grande parte dos 20 milhões de clientes dos bancos, que têm o limite do cheque especial de até R$ 500 estão endividados. “Estamos falando de pessoas que não podem saldar suas dívidas e pagam juros médios de 14%/mês, e que seriam isentas da tarifa de acordo com a medida que foi tomada pelo BC”, afirma o presidente.
No último dia 8, o Broadcast noticiou que o Podemos decidiu entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF para tentar anular a tarifa do cheque especial, vigente desde a última segunda-feira. O partido alega que a tarifa afronta o “princípio da ordem econômica” da Constituição Federal.
A cobrança da tarifa de 0,25% sobre o valor do cheque especial que ultrapassar R$ 500 foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como forma de compensar instituições financeiras por eventuais perdas surgidas com a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao mês, tomada em novembro de 2019.
Retomada brasileira
A maior economia da América Latina está finalmente preparada para se destacar em meio a taxa básica de juros na mínima histórica, inflação sob controle e avanço da agenda de reformas, de acordo com a Bridgewater Associates.
O Brasil tem apresentado crescimento fraco ao longo dos últimos dois anos, uma lenta recuperação da maior recessão de sua história. Agora, a trajetória descendente dos juros está ajudando a impulsionar a economia, com sinais de aceleração emergindo em dados como vendas do varejo e indicadores de confiança.
A retomada está “apenas começando”, dizem os analistas Sean Macrae, David Trinh e Alexa Rozario em nota a clientes no dia 31 de dezembro. O patamar baixo dos juros não parece pressionar a moeda ou a inflação até agora, segundo a Bridgewater, que tem cerca de US$ 160 bilhões sob gestão.
A economia brasileira deve crescer 2,2% em 2020, o dobro da projeção para 2019, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Analistas têm apontado para o crescimento como o fator ausente para a volta dos investidores estrangeiros, que não se empolgaram tanto com o rali brasileiro.
Os investidores locais seguem com postura mais otimista. Em relatórios enviados a clientes, as gestoras Verde Asset e Legacy Capital afirmaram que sinais de crescimento mais forte no Brasil têm se intensificado.