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Brasil O governo brasileiro publicou a medida que permite o cadastro de empresas estrangeiras em licitações

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Ministros do Palácio do Planalto que tiveram resultado negativo decidiram trabalhar normalmente. (Foto: Agência Brasil)

A partir de 11 de maio deste ano, empresas estrangeiras poderão participar de licitações no Brasil de forma direta, ou seja, sem um representante brasileiro. Hoje, ao tentar disputar a preferência do setor público nas compras de bens e serviços, as companhias de outros países são obrigadas a ter uma parceria nacional, seja com pessoas físicas ou jurídicas, no momento do cadastro da disputa. Essa exigência só existirá em caso de vitória no processo licitatório.

De acordo com o Ministério da Economia, a flexibilização – presente em Instrução Normativa (IN) publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União – atingirá 99% dos processos de compras públicas do poder Executivo federal.

Cristiano Heckert, secretário de Gestão da pasta, explicou que o objetivo é ampliar a competição, buscar preços melhores e ter mais qualidade nas entregas.

“Consultamos órgãos que realizam licitações internacionais e eles apontaram que este é um dos gargalos para a participação das empresas estrangeiras”, disse Heckert.

Ele ressaltou que, para participar de uma licitação eletrônica, a empresa precisa estar cadastrada no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). O sistema será alterado, para que as empresas estrangeiras possam se registrar sem a necessidade de um CNPJ.

“Somente na hora da assinatura do contrato, a empresa terá de indicar quem será o representante legal no Brasil”, disse o secretário.

Outra medida para a simplificação da participação de fornecedores de outros países foi o fim da obrigatoriedade da tradução juramentada para o cadastro no Sicaf.

Segundo o decreto nº 10.024/2019, as exigências de habilitação serão apresentadas com tradução livre. Somente se o vencedor for estrangeiro, será obrigatória a tradução juramentada para a assinatura do contrato ou da ata de registro de preços.

Acordo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou recentemente que o Brasil vai anunciar a adesão a acordo internacional de compras governamentais de forma a permitir um tratamento isonômico aos estrangeiros interessados em participar de licitações e concorrências públicas no país.

“É o acordo pelo qual nós agora passamos a admitir empresas de fora também para todas as compras que a gente fizer, um tratamento isonômico. O Brasil está querendo entrar para primeira liga, primeira divisão de melhores práticas. E isso realmente é um ataque frontal à corrupção”, afirmou a jornalistas, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

“Um tema importante na campanha do presidente Bolsonaro foi acabar com a corrupção. E nós sabemos que boa parte da corrupção foi permitida exatamente com coisas de governo: empreiteiras, obras governamentais, coisas desse tipo”, acrescentou.

O ministro não informou, porém, a data em que o Brasil irá aderir oficialmente ao acordo.

O que é 

O Acordo sobre Compras Governamentais (GPA, na sigla em inglês), mantido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), estabelece para os países signatários uma série de compromissos em matéria de transparência e acesso aos mercados nacionais de compras públicas.

Seus integrantes ficam obrigados a dar isonomia de tratamento entre empresas nacionais e estrangeiras em contratações para a aquisição de bens, serviços e obras. O GPA consiste basicamente em duas as partes: o texto do contrato e os cronogramas de compromissos para acesso aos mercados das partes.

Atualmente, são 48 os signatários do GPA, incluindo os 27 países da União Europeia e o próprio bloco europeu. Segundo o Ministério da Economia, o Brasil, como a maior parte dos países em desenvolvimento, não é signatário, mas desde 2017 participa do grupo como membro observador com outros 33 países.

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https://www.osul.com.br/o-governo-brasileiro-publicou-a-medida-que-permite-o-cadastro-de-empresas-estrangeiras-em-licitacoes/ O governo brasileiro publicou a medida que permite o cadastro de empresas estrangeiras em licitações 2020-02-11
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