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Mundo Pesquisadores da China identificaram dois tipos de coronavírus

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A prevalência do vírus mais agressivo diminuiu após o início de janeiro de 2020, segundo os cientistas. (Foto: Reprodução)

Cientistas na China que estudam a origem do surto do novo coronavírus disseram ter descoberto que duas variações genéticas principais do vírus podem estar causando infecções, informou a agência de notícias Reuters.

Os pesquisadores da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai, sob alçada da Academia Chinesa de Ciências, alertaram que suas análises examinaram uma gama limitada de dados e disseram que análises de conjuntos de dados maiores são necessárias para entender melhor a evolução do vírus.

O estudo preliminar descobriu que um tipo mais agressivo do novo coronavírus associado ao surto de doença em Wuhan representava cerca de 70% das cepas analisadas, enquanto 30% estavam ligadas a um tipo menos agressivo.

A prevalência do vírus mais agressivo diminuiu após o início de janeiro de 2020, segundo os cientistas. Pouco mais de dois meses após o surgimento dos primeiros casos, mais de 150 análises genéticas foram feitos no mundo. O sequenciamento genético de brasileiros com casos confirmados do Covid-19 também apontou tipos diferentes de vírus, segundo pesquisadores.

“Essas descobertas apoiam fortemente uma necessidade urgente de mais estudos abrangentes e imediatos que combinem dados genômicos, dados epidemiológicos e registros dos sintomas clínicos de pacientes com doença por coronavírus 2019 (Covid-19)”, escreveram os pesquisadores da China.

As descobertas foram publicadas na terça-feira (3) na “National Science Review”, a revista da Academia Chinesa de Ciências.

Mutações

O coronavírus Sars-CoV-2, que causou milhares de infecções no planeta desde o final de 2019, já teve o código genético sequenciado mais de 150 vezes por cientistas de todo o mundo. Naturalmente, para se adaptar e se disseminar, os vírus sofrem mutações em seus genes.

Cerca de dois meses depois dos primeiros casos na China, o RNA do primeiro Sars-Cov-2 detectado na cidade de Wuhan já tem sequências diferentes das encontradas na Itália e na Alemanha, por exemplo.

Os dois primeiros casos que foram confirmados no Brasil, de pacientes que vieram do Norte da Itália e desembarcaram em São Paulo, tiveram amostras do vírus recolhidas das vias respiratórias. Cientistas brasileiros sequenciaram o código genético dos dois e mostraram que há pontos divergentes.

O genoma do paciente número 1, um homem de 61 anos, é idêntico a um outro vírus sequenciado na região da Lombárdia, na Itália. Ele também tem sequências encontradas em pacientes na Alemanha, México e Finlândia.

O segundo paciente com coranavírus no Brasil também é um homem, de 32 anos, que visitou a Itália. Os mesmos cientistas fizeram a análise do RNA e descobriram que o código genético é diferente do encontrado no primeiro. Neste caso, há sequências iguais às encontradas em pessoas infectadas na China, Inglaterra, Austrália, França, Estados Unidos, Cingapura e Suécia.

Se todos os pacientes existentes na Europa tivessem vindo da China diretamente, a sequência genética do vírus seria mais parecida com a encontrada em Wuhan e na província de Hubei, de acordo com os pesquisadores.

Vale lembrar, no entanto, que a mutação de um vírus é uma coisa natural. O sequenciamento e a comparação servem para traçar um panorama e um possível caminho das infecções. Não há uma relação direta comprovada entre a mudança na sequência genética e a força do vírus.

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https://www.osul.com.br/pesquisadores-da-china-identificaram-dois-tipos-de-coronavirus/ Pesquisadores da China identificaram dois tipos de coronavírus 2020-03-04
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