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Notícias Empreiteiro diz à Justiça que pagou propina a Barusco e Vaccari

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Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia. (Marcos Bezerra/Futura Press)

No primeiro depoimento que prestou à Justiça Federal depois de homologar o acordo de delação premiada com o STF (Supremo Tribunal Federal), o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse que pagou propina ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

O delator prestou depoimento na quarta-feira, em Curitiba (PR), na audiência referente à ação penal contra a construtora Odebrecht, um dos alvos da 14 fase da Lava-Jato, deflagrada em junho. “Paguei [propina] pro Pedro Barusco. Renato Duque [ex-diretor de Serviços da Petrobras] sempre me encaminhou pro senhor João Vaccari. Eu nunca dei propina na mão do senhor Renato Duque, mas era sempre encaminhado o assunto pro senhor João Vaccari”, relatou.

Pessoa foi preso na 7 etapa da operação, em novembro de 2014, junto com diversos executivos e ex-executivos de empreiteiras. Ele foi solto em abril para cumprir prisão domiciliar. Pessoa é réu em processo originado na Lava-Jato, mas ainda não foi condenado. Ele ainda disse que, a pedido de Duque, fez contribuições políticas por meio do Vaccari. Estas contribuições, segundo o delator, eram parte do acerto de propina e eram depositadas diretamente na conta do PT.

Conforme Pessoa havia um parâmetro de valores das propinas: “A referência inicial era para a diretoria de Serviços, 1%. Para a diretoria de Abastecimento, 1%. Mas isso era só referência e caberia a negociação apó cada um. Eu sempre negociei o máximo que eu pude. Negociei para baixo, evidentemente”. Pessoa também disse que, para a diretoria de Serviços, o primeiro acerto era feito com Barusco e, após, com o Vaccari, a pedido do Duque. Para a diretoria de Abastecimento, cujo diretor era Paulo Roberto Costa, a propina era tratada com o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010. Após, Alberto Youssef passou a ser o interlocutor mais imediato e direto.

Quanto à Odebrecht, Pessoa disse que se relacionava com Márcio Faria, que, ao ser preso na 19 fase da Lava-Jato, se afastou da empresa. Faria participava de reuniões das empreiteiras para negociar os contratos. (AG)

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