Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2020
Parte dos estados americanos vem sofrendo uma segunda onda de infecção pela Covid-19 depois de reabrir suas economias. Com cuidados extras, crianças chegam a uma colônia de férias, na Flórida. A mãe diz que, assim, ela pode trabalhar.
A Flórida e o Texas registraram, na última semana, os maiores índices diários de novas infecções pelo novo coronavírus. E a Califórnia, que é o estado mais populoso, chegou perto do recorde diário. Vinte e dois estados americanos tiveram aumento de casos nas últimas duas semanas. Em pelo mesmo 14, a taxa de hospitalizações também cresceu.
A governadora do estado de Oregon suspendeu por mais uma semana o processo de reabertura que está em andamento desde maio. Ela disse: “É o vírus que define o cronograma. Estamos todos juntos nisso”.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirmou que a pandemia não terminou e que um novo “lockdown” não está descartado se o nível de infecção voltar a crescer demais. Medidas de prevenção, como o uso de máscara e o distanciamento social, continuam valendo mesmo em áreas abertas. Com mais testes sendo feitos no país, o número de casos registrados aumentou.
William Hanage, professor de epidemiologia da Universidade de Harvard, explica que, se a população é mais testada e o número de casos não cai, isso quer dizer que ainda há mais casos positivos a serem detectados.
As aglomerações ainda preocupam, como nos protestos recentes pelo país, mesmo em ambientes abertos e com a maioria usando máscara. E o presidente Trump anunciou que vai retomar a campanha pela reeleição e fazer um comício no próximo dia 19, em Tulsa, no estado de Oklahoma, um dos que registraram aumento do número de casos.
Mas os apoiadores que quiserem têm que assumir o risco de exposição à Covid-19, e concordar em não processar o presidente ou a equipe de campanha se ficarem doentes.
Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país está se recuperando da epidemia do novo coronavírus com perdas mínimas e lidando melhor com o problema do que os Estados Unidos, onde, segundo ele, os interesses políticos e partidários interferem na solução da questão.
Com 528.964 casos confirmados, a Rússia tem o terceiro maior número de infecções no mundo, somente atrás de Brasil e Estados Unidos.
O número oficial de mortos no país é de 6.948, bem menos do que em muitos outros países, incluindo os Estados Unidos, que bateram as 115.000 mortes. A veracidade das estatísticas russas por vezes tem sido o foco de grande debate.
“Estamos trabalhando com tranqüilidade e nos recuperando dessa situação do coronavírus com confiança e com perdas mínimas, mas nos Estados Unidos isso não está acontecendo”, disse Putin à TV estatal.
O sistema político da Rússia lidou melhor com a crise do que seu equivalente nos EUA, disse Putin, porque as autoridades nos níveis federal e regional trabalharam como uma equipe sem discordâncias, diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos, afirmou.
“Não consigo imaginar alguém do governo (russo) ou das administrações regionais dizendo que não fará o que o governo ou o presidente dizem para fazer”, disse Putin.
“Parece-me que o problema (nos Estados Unidos) é que aquele grupo, neste caso os interesses político-partidos, é colocado acima dos interesses da sociedade como um todo, acima dos interesses do povo.”