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Brasil A ação contra o deputado que difamou Marielle patina na Câmara Federal

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O assassinato da vereadora Marielle completou três meses no dia 14. (Foto: Reprodução/Facebook)

Os dias passam, e a Comissão de Ética da Câmara não consegue criar sequer uma lista tríplice da qual, enfim, sairá um relator para a representação feita contra o deputado Alberto Fraga. Aquele que, dias depois do assassinato de Marielle Franco, no Rio, divulgou nas redes acusações falsas contra a vereadora do PSOL.

O último lance para completar a comissão recaiu, por sorteio, sobre o deputado Thiago Peixoto – mas este preferiu renunciar ao seu posto na suplência a entrar nessa briga.

Nesta quarta-feira o conselho tem nova reunião para, quem sabe, compor o time.

Processo

O Conselho de Ética da Câmara instaurou no dia 3 de abril, processo disciplinar para analisar a conduta do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que publicou em uma rede social fake news sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro em março.

O processo foi instaurado a partir de representação do PSOL, apresentada no dia 21 de março. O partido pediu a cassação do mandato do parlamentar. A assessoria do deputado Alberto Fraga informou na época que ele não vai se manifestar.

Foram sorteados inicialmente os nomes de três deputados para assumir a relatoria do caso: Adilton Sachetti (PRB-MT), Benjamin Maranhão (SD-PB) e Flavinho (PSC-SP). O presidente do colegiado, Elmar Nascimento (DEM-BA) afirmou que faria a escolha até o dia seguinte.

Caberá ao relator elaborar, em 10 dias úteis, parecer preliminar em que vai concluir se o processo deve ou não prosseguir.

Se o Conselho der o aval para a continuidade das investigações, serão dados mais 40 dias úteis para investigações – depoimento de testemunhas e coleta de provas. Depois, o relator elabora um parecer final, concluindo pelo arquivamento do caso ou sugerindo uma punição ao deputado.

O caso

Dias após o assassinato de Marielle Franco, ocorrido no dia 14 de março, Alberto Fraga postou em sua página no Twitter mensagem dizendo que a vereadora havia engravidado aos 16 anos, era ex-mulher de um traficante e que teria relação com o tráfico e o consumo de drogas.

Diante da repercussão negativa da publicação, Fraga apagou a mensagem e o perfil que mantinha na rede social, mas ela continuou a ser compartilhada em prints – tanto por apoiadores quanto por pessoas que faziam oposição ao conteúdo.

Depois, Fraga admitiu que errou por não checar a veracidade dos dados.

“O arrependimento, talvez, é em ter colocado algo que eu não tenha checado, que não tenha uma informação. Por eu ser um policial, um coronel da polícia [Militar do DF], eu deveria ter tido uma informação mais consistente, de uma fonte idônea”, afirmou Fraga na ocasião.

Na representação ao Conselho de Ética, o PSOL afirmou que, “em meio ao luto e em total desrespeito à memória de Marielle”, Fraga “abusou de suas prerrogativas constitucionais para caluniá-la”.

O partido ponderou que o deputado tem imunidade parlamentar, mas ressalta que a Constituição prevê quebra de decoro quando o deputado abusa das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional.

Na representação, o PSOL afirmou que se impõe uma reflexão ao Conselho de Ética: “Será realmente que, sob a égide da proteção constitucional sobre palavras, opiniões e votos, permite-se ao parlamentar dizer qualquer coisa, inclusive caluniar, difamar ou injuriar?”.

E argumentou que Fraga, ao “imputar falsamente fato definido como crime (uso de droga, associação ao tráfico, associação criminosa etc.)” à vereadora Marielle Franco, cometeu o crime de calúnia.

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https://www.osul.com.br/a-acao-contra-o-deputado-que-difamou-marielle-patina-na-camara-federal/ A ação contra o deputado que difamou Marielle patina na Câmara Federal 2018-04-24
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