Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2019
O grupo American Airlines disse, neste domingo (14), que estenderá os cancelamentos do Boeing Co 737 Max até 19 de agosto, chegando a aproximadamente 115 voos cancelados diariamente, ou 1,5% do cronograma diário do verão.
Em uma carta a funcionários e clientes, o executivo-chefe Doug Parker e o presidente Robert Isom disseram acreditar que o 737 MAX será recertificado antes de 19 de agosto, mas querem assegurar a confiança “no auge da temporada de viagens e fornecer confiança para nossos clientes e membros da equipe sobre seus planos de viagem”.
O modelo 737 MAX foi colocado de lado no mundo inteiro em março, depois de uma queda fatal da Ethiopian Airlines que matou os 157 pessoas a bordo, apenas cinco meses depois de uma queda similar da Lion Air, que matou 189 passageiros e tripulantes.
A American Airlines é dona de 24 jatos MAX e espera a entrega de mais 16 este ano.
A Boeing, que enfrenta a maior crise em anos logo após concluir a operação de compra da divisão de aviação comercial da brasileira Embraer neste ano, está desenvolvendo uma atualização do software que ficou sob a mira de autoridades de aviação após a queda do avião da Ethiopian e da queda do 737 MAX operado pela Lion Air.
A maior fabricante de aviões do mundo está sob pressão para convencer clientes dos aviões MAX e autoridades do setor de aviação de que a aeronave é segura para voltar a voar. As operações com o jato foram suspensas em todo mundo em março.
Redução da produção mensal
A Boeing anunciou que planeja reduzir a produção mensal do jato 737 MAX em quase 20% após dois acidentes fatais com o modelo do avião, sinalizando que a empresa não espera que autoridades de aviação permitam que a aeronave volte a voar em breve.
A produção mensal será reduzida de 52 aviões para 42 a partir deste mês, informou a empresa, sem mencionar um prazo para a normalização.
Autoridades dos Estados Unidos e de companhias aéreas acreditam que o avião pode ficar em terra por pelo menos dois meses, mas o aumento desse prazo é uma possibilidade.
A queda do avião na Etiópia, que ocorreu depois que um jato do modelo operado pela Lion Air caiu na Indonésia em outubro passado matando 189 pessoas, criou uma crise para a maior fabricante de aeronaves do mundo.
O presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse nesta sexta-feira que a companhia agora sabe a cadeia de eventos que causou ambos os desastres, em que uma ativação errada do sistema antiestol MCAS é um “elo comum” entre os casos.
A Boeing, que firmou acordo para comprar a divisão de aviação comercial da Embraer, afirmou que não vai cortar empregos por causa da nova taxa de produção e vai trabalhar para minimizar o impacto financeiro.