Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2019
A Apple demitiu mais de 200 funcionários que integravam o projeto Titan, responsável por fazer pesquisas para desenvolver os carros autônomos da companhia, disseram fontes. A empresa confirmou as demissões e alegou que irá realocar alguns funcionários em outras áreas estratégicas.
Em agosto, a Apple contratou Doug Field, vice-presidente de engenharia da Tesla para liderar a equipe Titan ao lado de Bob Mansfield. As demissões foram apontadas como uma reestruturação decidida pela nova liderança.
“Enquanto parte da equipe vai concentrar seu trabalho em várias áreas-chave para carros autônomos em 2019, alguns grupos estão sendo transferidos para projetos em outras partes da empresa, onde apoiarão o aprendizado de máquina e outras iniciativas na Apple”, disse o porta-voz.
A empresa descartou que deixaria de pesquisar sobre a tecnologia. “Continuamos acreditando que há uma grande oportunidade com sistemas autônomos, que a Apple tem recursos exclusivos para contribuir e que esse é o projeto de aprendizado de máquina mais ambicioso de todos os tempos.”
Investimentos
O presidente da empresa, Tim Cook, tem dito que as apostas da Apple em saúde são a chave para o futuro. “Acredito que, se você aumentar o zoom no futuro, e você olhar para trás, e fizer a pergunta: qual foi a maior contribuição da Apple para a humanidade? Será sobre saúde”, disse à CNBC.
Além da Apple, o Google (por meio da Waymo), o Uber, a chinesa Didi Chuxing e motadoras tradicionais estão apostando na tecnologia de carros sem motorista.
Alphabet
A Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google, anunciou planos de construir uma fábrica em Michigan, nos Estados Unidos. As instalações serão voltadas para a transformação de automóveis em veículos sem motorista, usados pela empresa na cidade para transportar passageiros.
A empresa apresentou um projeto para investir US$ 13,6 milhões na construção da fábrica, na região sudeste de Michigan. A expectativa do departamento de desenvolvimento econômico da região é de que entre 100 e 400 empregos sejam criados. A agência estatal disse ainda que vai contribuir com US$ 8 milhões para garantir o projeto. Isso significa que, caso existam 400 vagas, o Estado terá contribuído com US$ 20 mil por vaga.
A Waymo informou ainda que a nova fábrica será utilizada para a produção em massa de veículos nível 4, que podem ser conduzidos sem um motorista humano em uma série de condições. O nível mais alto é o 5, no qual um carro é considerado totalmente autônomo.
Hoje, a empresa usa minivans da Fiat Chrysler e veículos feitos pela Jaguar Land Rover. Para John Krafcik, presidente executivo da Waymo, a fábrica é vital para que a empresa tenha uma frota de 20 mil veículos até 2022, prestando serviços como transporte de passageiros.
