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Brasil A aproximação de FHC com Marina Silva é “desespero”, disse o ex-senador Pedro Simon

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O ex-senador Pedro Simon, um dos principais conselheiros de Marina Silva. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Um dos principais conselheiros de Marina Silva, o ex-senador Pedro Simon classifica de “desespero” os gestos de aproximação de lideranças de partidos de centro em relação à Rede. Materializados na figura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os movimentos resultariam, na avaliação de Simon, da “angústia” de FHC diante dos altos índices de rejeição dos candidatos do campo moderado nas pesquisas. O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, não conseguiu até agora decolar nas pesquisas. As informações são do jornal O Globo.

Ao analisar o atual cenário político, Simon ataca os partidos de centro, que diz ter engordado suas bancadas cooptando deputados a peso de ouro com os recursos do Fundo Partidário. Para ele, Marina, que hoje não tem o apoio de nenhuma outra legenda, teria se negado a participar desse “toma-lá-dá-cá”.

“O Fernando Henrique está desesperado com o que está vendo. Ele quer uma saída. Está numa angústia tremenda com tudo que está acontecendo. Não sabe o que fazer diante do crescimento dos extremos (como Bolsonaro e Ciro) e a fragmentação do centro. Ele sabe que a situação é dramática e tem tentado uma saída com a junção do centro progressista.”

Na semana passada, FHC, em conversa com o colunista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, fez avaliação semelhante. “Como o povo está na pior e com raiva dos políticos, não será fácil fazê-lo votar em um candidato tradicional. Daí o risco de autoritários e demagogos irem para o segundo turno”, disse.

O ex-presidente fez elogios à pré-candidata da Rede. “A Marina tem uma história que, se bem explorada, pode permiti-la ser competitiva”, disse.

Depois de destacar o “potencial” de Alckmin, FHC deixou claro que estava preocupado com o avanço de nomes radicais, como o do deputado Jair Bolsonaro (PSL), e defendeu um entendimento: “Não dá para fechar as portas ao entendimento contra o radicalismo, e hoje o mais forte é o de direita.”

Reverberando o discurso de Marina, de que a eleição não deve ser o poder pelo poder, Simon diz que a pré-candidata da Rede não combina com o perfil do centro, interessado em satisfazer seus próprios interesses. Apesar das críticas, o conselheiro de Marina reconhece que ela, caso eleita, pretende governar com todos os partidos, repetindo uma espécie de “governo Itamar Franco”.

Após o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, Itamar chamou uma reunião com os presidentes dos partidos e disse que eles teriam que ajudá-lo a fazer a transição, já que, sem voto, aquele Congresso não era seu.

“Marina não tem partidos. Vai fazer o entendimento e, como Itamar, reunir os partidos e dizer que vai governar com todos, fazer um governo voltado para o futuro. Itamar aprovou o Plano Real apenas com a dissidência do PT, e ainda elegeu Fernando Henrique presidente da República. O eleitor que Marina busca é o eleitor do bom senso”, diz Simon.

Outros integrantes da pré-campanha de Marina – que, segundo a última pesquisa Datafolha, tem condições de vencer Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno – dizem que ela vai passar a dialogar mais diretamente com o eleitor órfão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril – e que deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa –, e nos “desencantados” eleitores do PSDB que resistiriam a votar em Geraldo Alckmin.

Marina passará a mesclar no seu discurso bandeiras conhecidas da estabilidade monetária do PSDB e os programas de inclusão social do PT. “Marina tem uma história de vida muito parecida com a de Lula e é no seu eleitorado órfão que ela tem espaço para crescer, com um discurso de inclusão social. Já o projeto do PSDB, por outro lado, trouxe a estabilidade econômica. Aí entra o discurso do comprometimento com a estabilidade e retomada do crescimento, retomada do emprego”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Pré-candidato ao governo do Rio pela Rede, o deputado Miro Teixeira (RJ) diz já ter visto, nas andanças com Marina, a aproximação de eleitores de todos os campos políticos, jovens e velhos, que passaram a prestar mais atenção na trajetória da candidata.

“Tem de tudo, de todos os credos. Andando com ela, moças, rapazes, velhos, dizem que vão votar nela. Ela está crescendo em todo tipo de eleitorado”, diz Miro.

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