Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2019
A atriz Lilia Cabral, de 62 anos, que está promovendo o lançamento do filme “Maria do Caritó”, que estreia dia 31 de outubro, participou do programa “Morning Show”, da Radio Jovem Pan, na manhã desta terça-feira (22). Ela deu sua opinião sobre o caso de assédio contra José Mayer, defendendo o ator.
“Tenho muito carinho pelo José Mayer, eu trabalhei com ele durante muitos anos e fiquei um pouco chocada. Ele teve uma doença muita séria de tristeza depois disso tudo”, conta a artista. “Não acredito que ele seja aquele homem que ele foi, da forma como falaram dele, eu não consigo acreditar. Assim como outros amigos que passaram por isso e eu não consigo acreditar”, completa a atriz. Para Lilia, os casos de assédio precisam ser sempre muito bem apurados, porque podem prejudicar injustamente a vida de muitas pessoas.
Na sequência, falou sobre movimentos que pediam a saída do ator da emissora, surgidos na ocasião.
“Acho que você não pode deixar de defender uma posição. E a minha posição, pela primeira vez eu estou falando. Na época eu não tinha nem como me colocar, porque existia uma campanha muito forte e a gente, quando se colocava, não nos ouviam.”
“Mas agora está tudo bem, o Zé está bem, está se recuperando, está dando um tempo na vida dele, já está feliz de novo e eu fico muito feliz por isso.”
A atriz acha positiva a forma como tudo é tratado de forma mais transparente hoje, mas defende o equilíbrio. “Acho que é melhor viver nessa época em que estamos vivendo, mas o radicalismo é muito chato, qualquer coisa ficamos com o pé atrás, qualquer coisa já levantam as bandeiras.”
Caso
Em março de 2017, uma figurinista acusou o ator José Mayer de assédio sexual dentro de camarim da TV Globo, no Rio de Janeiro. Ele nega, e a emissora disse à época que o “assunto foi apurado e as medidas necessárias estão sendo tomadas”.
Em relato publicado no blog #AgoraÉqueSãoElas, Suellem Tonani, de 28 anos, afirmou que o ator colocou a mão esquerda na genitália dela em fevereiro aquele ano, “na presença de outras duas mulheres”.
O ator negou a acusação. “Respeito muito as mulheres, meus companheiros e o meu ambiente de trabalho e peço a todos que não misturem ficção com realidade”, escreveu Mayer, que participava da novela das 21h, “A Lei do Amor”, na época.