Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A balança comercial brasileira teve superávit de 3,284 bilhões de dólares em agosto. O resultado é o melhor em dois anos

Compartilhe esta notícia:

O valor foi alcançado com exportações de US$ 7,899 bilhões e importações de US$ 5,971 bilhões. (Foto: Agência Brasil)

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,284 bilhões (R% 13,65 bilhões) em agosto, melhor saldo para o mês desde 2017, informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira (2). O resultado se deve ao declínio das importações registradas no último mês.

O dado veio em linha com expectativa de um saldo positivo de US$ 3,2 bilhões (R$ 13,3 bilhões), conforme pesquisa Reuters com analistas.

Em agosto, as exportações tiveram um recuo de 8,5% sobre igual mês do ano passado, pela média diária, a US$ 18,853 bilhões (R$ 78,31 bilhões).

Já as importações tiveram uma retração maior, de 13,3% na mesma base de comparação, a US$ 15,569 bilhões (R$ 64,72 bilhões).

“Essa redução é influenciada por base de comparação alta”, afirmou o subsecretário de Inteligência Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Ele lembrou que, em agosto de 2018, houve operação de exportação de plataforma de petróleo no valor de US$ 1,3 bilhão (R$ 5,4 bilhões) e uma operação de importação do mesmo tipo de US$ 2 bilhões (R$ 8,3 bilhões).

Desconsideradas essas transações, a queda nas exportações em agosto deste ano sobre um ano antes teria sido de 2,7% e nas importações, de 2,6%.

“Ainda uma redução na casa de 2%”, pontuou Brandão. Em relação às exportações, ele atribuiu a performance no vermelho à redução nos embarques de soja, commodity que apresenta preços menores este ano, além de volume exportado menor, diante de menor demanda mundial pelo grão em função de problema sanitário no rebanho suíno chinês.

O subsecretário também lembrou que as vendas de automóveis caíram,afetadas pela crise na Argentina. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em US$ 31,759 bilhões (R$ 132,038 bilhões), retração de 12,9% sobre igual período do ano passado, também pelo critério da média diária.

De janeiro a agosto, as exportações exibiram um recuo de 5,2%, ao passo que as importações caíram 2,8%.

Os números contrastam com expectativas traçadas pelo governo no início do ano, quando previa menor superávit comercial por conta de um crescimento maior das importações que das exportações, com a esperada recuperação econômica puxando o apetite por importados.

De lá para cá, as perspectivas para a atividade foram se deteriorando, enquanto o mundo deu mostras de desaceleração, afetado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

“Você tem cenário externo desafiador com desaquecimento da demanda mundial. O que esperamos é que o Brasil continue competitivo e que isso seja passageiro”, afirmou Brandão.

Questionado se o desgaste da imagem do país no exterior como resultado das queimadas na região amazônica já teria tido algum reflexo nas trocas comerciais, ele disse que ainda é cedo para qualquer análise desta natureza.

“A gente fechou dado hoje da balança. Qualquer eventual barreira não afeta imediatamente o comércio, talvez nos próximos meses eu possa fazer uma análise mais apurada disso”, comentou. Para o resultado consolidado do ano, a expectativa de analistas ouvidos pelo Banco Central na mais recente pesquisa Focus é de um saldo positivo de US$ 52,35 bilhões (R$ 217,6 bilhões) nas trocas comerciais, abaixo do superávit de US$ 58,03 bilhões (R$ 241,25 bilhões) de 2018.

A estimativa do Ministério da Economia é de um superávit da balança comercial de US$ 56,7 bilhões (R$ 235,7 bilhões)  neste ano. A projeção foi divulgada em julho e deverá ser revista no mês que vem.

Destaques

Em agosto, as exportações foram afetadas pelo desempenho dos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 25,8% sobre igual mês do ano passado.

De acordo com o Ministério da Economia, houve diminuição principalmente nas exportações de automóveis de passageiros (-47,7%, a US$ 253 milhões), aviões (-23,6%, a US$ 180 milhões) e motores para veículos e partes (-23,7%, a US$ 166 milhões).

Em contrapartida, as exportações de semimanufaturados e de básicos subiram 14,4% e 2,5%, respectivamente, em agosto sobre um ano antes.

Já na ponta das importações, os resultados vieram negativos de maneira geral, com queda em agosto nas compras de bens de capital (-35%), combustíveis e lubrificantes (-34%), bens de consumo (-7%) e bens intermediários (-2%).

Em relação aos bens de capital, a retração foi puxada por menores importações de plataformas de perfuração/exploração.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Aplicativo com malware na Google Play Store teve 100 milhões de downloads
Bolsonaro ameaça demitir o secretário de Produtividade do Ministério da Economia
https://www.osul.com.br/a-balanca-comercial-brasileira-teve-superavit-de-3284-bilhoes-de-dolares-em-agosto-o-resultado-e-o-melhor-em-dois-anos/ A balança comercial brasileira teve superávit de 3,284 bilhões de dólares em agosto. O resultado é o melhor em dois anos 2019-09-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar