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Brasil A Caixa Econômica Federal contratou uma investigação para apurar o indício de fraudes de executivos

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Caixa leva meses para fechar contrato. Especialistas garantem, no entanto, que demora não pode ser questionada na Justiça. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A CEF (Caixa Econômica Federal) contratou, em agosto, uma investigação independente para apurar a participação de atuais e ex-executivos do banco em casos de corrupção apontados pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF (Ministério Público Federal). O conselho de administração instaurou um comitê independente e chamou um escritório de advocacia para fazer uma investigação própria. Os trabalhos estão em andamento e até agora “não há uma conclusão sobre os efeitos decorrentes do processo investigativo”, informou o banco em suas demonstrações financeiras.

São alvo de apuração os indícios de irregularidades cometidas por executivos, funcionários e fornecedores da Caixa que vieram à tona por meio das operações Cui Bono?, Sepsis e Patmos, da Polícia Federal.

A primeira investiga um esquema de fraudes na liberação de crédito que teria ocorrido pelo menos entre 2011 e 2013, quando Geddel Vieira Lima (PMDB) era vice-presidente de pessoa jurídica. Já a Sépsis teve como base delações de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de fundos de governo e loterias. A Patmos apura supostos crimes praticados pelo presidente Michel Temer (PMDB) e pelo senador Aécio Neves (PSDB). “De forma prospectiva, a Caixa continuará acompanhando e apoiando o processo de investigação das autoridades competentes até a sua conclusão bem como avaliando, sistematicamente, qualquer nova informação que possa demandar a necessidade de providências adicionais”, afirmou a instituição.

Conforme o jornal Valor Econômico, as supostas fraudes levaram a firma de auditoria PwC a aprovar com ressalvas o balanço da Caixa referente à primeira metade do ano. Segundo os auditores, ainda não é possível saber qual o impacto que investigações conduzidas pelo banco pode ter nas demonstrações financeiras.

“Consequentemente não foi possível determinar se havia necessidade de ajustes ou divulgações adicionais relacionados a esse assunto sobre as demonstrações contábeis consolidadas de 30 de junho de 2017 “, afirmou a PwC no relatório.

A Caixa obteve lucro líquido de R$ 2,587 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que representa um aumento de 62,8% em relação ao obtido no mesmo período de 2016. Um aumento de 10,7 % na margem financeira, que alcançou R$ 12,947 bilhões, e a queda de 27 ,1% nas despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD), para R$ 4,560 bilhões, foram decisivos para o resultado melhor.

A carteira de crédito ampliada alcançou saldo de R$ 7 15,9 bilhões, avanço de 3,5% em 12 meses. Segundo a Caixa, habitação, saneamento e infraestrutura, e crédito consignado foram os principais responsáveis pelo crescimento do portfólio.

Principal segmento de atuação do banco, as operações de crédito habitacional somavam R$ 421,4 bilhões no fim do trimestre, uma alta de 2,1% em relação a março e de 7 % frente a junho de 2016.

O banco ganhou 1,3 ponto percentual de participação no mercado imobiliário, mantendo a liderança, com 68,1% de participação. Assim como se viu no mercado como um todo, os indicadores de inadimplência também recuaram na Caixa.

A taxa de calotes estava em 2,51% no fim de junho, queda de 0,32 ponto na comparação com março e de 0,69 ponto ante igual mês do ano passado. O banco atribuiu a melhora ao aprimoramento da gestão de risco e da cobrança, entre outros fatores.

Pinheiro Neto
A Caixa contratou o escritório de advocacia Pinheiro Neto para apurar indícios de fraudes de executivos por um período de 60 dias.

Procurada pelo Valor, a Caixa informou em nota que o “trabalho em curso visa atender uma demanda da consultoria independente e segue o mesmo propósito de auditar procedimentos realizados no âmbito da Caixa, apurando eventuais irregularidades praticadas em operações de crédito”. “Destaca-se que até o momento não se identificou nenhuma ocorrência que caracterize irregularidades nos procedimentos internos ou atos ilícitos praticados pelos seus gestores”, informou o banco.

Segundo a Caixa, o comitê independente é composto por uma representante do conselho de administração, dois representantes do comitê de auditoria interna e um representante da Superintendência Nacional da Auditoria Geral.

O banco informou ainda que as “apurações internas prosseguem mantendo a empresa em permanente colaboração com os órgãos de controle e autoridades investigativas”.

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