Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2020
O sistema prisional da Califórnia planeja libertar cerca de 3.500 prisioneiros não-violentos para impedir a disseminação da Covid-19, informaram autoridades na terça-feira (31). O Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia (CDCR) disse que o primeiro grupo de presos libertados serão aqueles com menos de 30 dias para cumprir, seguidos por aqueles com menos de 60 dias.
“Não tomamos essas novas medidas de qualquer maneira”, afirmou Ralph Diaz, secretário da agência correcional, em comunicado.
“Nosso primeiro compromisso no CDCR é garantir a segurança de nossa equipe, da população carcerária, de outras pessoas em nossas instituições e da comunidade em geral”.
“No entanto, diante de uma pandemia global, devemos considerar o risco de infecção pela Covid-19 como uma séria ameaça à segurança”, acrescentou.
As autoridades disseram que as libertações antecipadas aumentarão a capacidade e o espaço físico das prisões do estado, onde 22 funcionários e quatro detentos deram positivo para o vírus.
As prisões também instituíram outras medidas para impedir a disseminação do vírus, como exames médicos obrigatórios para quem entra nas instituições e suspensão das visitas.
Aos presos estão sendo oferecidos telefonemas gratuitos adicionais para os familiares para compensar esta última medida.
As libertações também receberam críticas, como de um promotor que disse que colocaria criminosos perigosos de volta nas ruas.
O xerife do condado de Los Angeles, Alex Villanueva, já libertou cerca de 1.700 presos de prisões locais, deixando cerca de 15.000 ainda atrás das grades.
As prisões dos Estados Unidos, projetadas para abrigar pessoas que cumprem sentenças de mais de um ano, também mantêm detidas outras que aguardam julgamento ou cumprem sentenças curtas por pequenos delitos. As informações são da agência de notícias AFP.
Curva ascendente
Os EUA registraram nesta quarta-feira (1°) mais de 200 mil casos confirmados de coronavírus e seguem em curva ascendente no avanço da pandemia.
Em menos de 48 horas, o país assistiu a um salto de 50 mil novos casos. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA têm agora 203,6 mil casos e 4.476 mortes.
Na terça-feira (31), no dia em que o número de mortes nos EUA chegou a 3.700 e ultrapassou a China, a Casa Branca apresentou um cenário sombrio para os próximos meses e previu de 100 mil a 240 mil mortos no país mesmo com a adoção de medidas de distanciamento social. As informações são da agência de notícias AFP.