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Mundo A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprova pacote trilionário de recuperação econômica

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A moeda norte-americana acumula queda de 2,09% no mês e de 16,41% no ano. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Era madrugada quando o pacote de quase US$ 2 trilhões venceu a primeira etapa: a aprovação pela Câmara, onde o Partido Democrata, do presidente Joe Biden, tem maioria. Na manhã do sábado (27), Biden pediu pressa na votação no Senado. Lá, os partidos democrata e republicano têm 50 senadores cada. A vice-presidente Kamala Harris preside a Casa e tem o voto de minerva – desempata as votações.

Nada garante que o texto que saiu da Câmara passe incólume pelo Senado. Pesquisas indicam amplo apoio popular ao plano de Biden, mas o Partido Republicano é contra vários pontos do pacote. Mesmo na bancada democrata há senadores dispostos a fazer modificações.

O texto original inclui o envio de cheques de US$ 1,4 mil para parte da população. E ainda o aumento do salário mínimo, mais auxílio para os desempregados, ajuda aos estados e verbas para ampliar a vacinação contra a Covid.

No total, 14% dos americanos já receberam pelo menos uma dose. Só na sexta-feira (26), o país vacinou mais de dois milhões. A agência que regula medicamentos nos Estados Unidos aprovou neste sábado (27) o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Janssen, que pertence ao grupo Johnson e Johnson – que é de uma dose só. Com três vacinas disponíveis no país, o governo Biden afirma que, até julho, vai ter doses para todos os americanos.

Virada de página?

A eleição de Joe Biden para a Presidência dos EUA gerou a expectativa de uma virada de página, mas no discurso seu governo tem mostrado mais continuidade do que ruptura. Um dos legados de Trump mais difíceis de reverter é a consolidação do antagonismo com a China como o novo normal, tanto no Congresso como na opinião pública. Na descrição de Biden, as duas maiores economias do mundo entraram em “competição extrema”.

Uma das preocupações do novo governo foi mostrar força logo de início diante de suas principais divergências com Pequim, diz Bonnie Glaser, especialista em China do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em Washington. Com quatro dias de governo, o Departamento de Estado repreendeu Pequim pela pressão sobre Taiwan, e reiterou seu apoio “sólido como uma rocha” ao território que a China considera uma província rebelde.

Depois de anos sob permanente ataque do governo Trump, a liderança chinesa por enquanto tem demonstrado cautela e mantido uma postura reativa, mas também ambígua. Enquanto enfatiza a necessidade de coordenação em temas globais, como mudanças climáticas e combate à pandemia, reitera que não irá tolerar interferências em seus assuntos domésticos.

Em discurso pouco após a posse de Biden, Yang Jiechi, principal autoridade chinesa em política externa, mencionou a palavra cooperação 24 vezes. Dias depois, porém, o tom foi mais duro na conversa com o secretário de Estado americano, Antony Blinken. Yang disse que cabe aos EUA corrigirem os erros do governo Trump para melhorar as relações e que “ninguém pode deter o rejuvenescimento da nação chinesa”, numa rejeição às propostas de contenção do poderio chinês que circulam em Washington.

A visão em Pequim é que a pretensão dos EUA em mostrar força é de certa forma descolada da realidade, após a caótica eleição presidencial, a invasão do Capitólio e o descontrole da pandemia que já deixou meio milhão de mortos — em contraste com a China, onde o vírus está sob controle e a economia recuperou o ritmo de crescimento. Nesta semana, começa a sessão anual do Congresso Nacional do Povo, o Legislativo chinês, em que o governo anunciará suas metas de desenvolvimento para os próximos 15 anos. Bem antes deste prazo, já em 2028 segundo projeções, a China terá ultrapassado os EUA para se tornar a maior economia do mundo.

Muita gente em Washington acredita que a “política do martelo” adotada pelo governo Trump contra a China, embora desordenada, possa ser útil para Biden porque lhe permitirá manter a pressão, diz Zhao Hai, diretor do Programa de Política Internacional da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS). Para ele, porém, isso é um erro.

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https://www.osul.com.br/a-camara-dos-deputados-dos-estados-unidos-aprova-pacote-trilionario-de-recuperacao-economica/ A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprova pacote trilionário de recuperação econômica 2021-02-28
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