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Brasil A “campanha contra a Operação Lava-Jato está beirando o ridículo”, disse Sérgio Moro

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Moro disse que o presidente tem feito alianças políticas ‘questionáveis’. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, interrompeu uma viagem em família para criticar a divulgação de mensagens que mostrariam um conluio entre o ex-juiz e procuradores em ações da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR). O ex-magistrado, que não reconhece a autenticidade do material publicado pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de imprensa, escreveu no Twitter que os jornalistas deveriam fazer uma reflexão “para não se desmoralizarem”.

“Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a Lava-Jato e a favor da corrupção está beirando o ridículo. Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza”, publicou Moro.

Desde junho, o Intercept publica uma série de reportagens com base em conteúdo repassado ao site por uma fonte anônima. Mensagens que teriam sido extraídas de conversas no aplicativo Telegram revelariam, segundo críticos, uma atuação parcial de Moro em processos que ele julgou na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.

Segundo o site, Moro deu orientações  aos procuradores sobre como atuarem em processos da Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-juiz ainda teria orientado os procuradores a divulgar uma nota para rebater pontos de contradição no depoimento de Lula, após o que teria chamado de “showzinho da defesa” do líder petista.

Moro tomou a iniciativa de marcar audiências no Senado e na Câmara assim que o caso veio à tona, com o objetivo de explicar o caso e enfraquecer as iniciativas da oposição de propor uma CPI com base nas conversas divulgadas. O ministro pediu uma licença não remunerada, entre 15 e 19 de julho, para viajar com a família aos Estados Unidos e”reenergizar o corpo” .

Moro e o coordenador da força-tarefa em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, negam irregularidades e denunciam a invasão ilegal de suas comunicações. Em outra leva de mensagens, divulgadas pelo Intercept com a revista “Veja”, Moro teria alertado a acusação sobre a inclusão de uma prova em processo contra o operador de propina Zwi Skornicki; orientado o MPF sobre datas de operações — uma delas ligada a ação contra o pecuarista José Carlos Bumlai — e feito pressão contra a negociação de delação premiada do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB).

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, pediu informações a Moro e à Polícia Federal sobre eventual investigação do jornalista Glenn Greenwald, um dos autores das reportagens do Intercept, do qual é fundador. Foi dado, na última terça-feira, um prazo de cinco dias para que Moro e PF respondam.

 

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