Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2020
A chefe da polícia de Atlanta, Erika Shields, renunciou ao cargo neste sábado (13) nos Estados Unidos. A renúncia de Shields ocorre depois que um homem negro, chamado Rayshard Brooks, morreu baleado por um policial, na sexta-feira (12) – o que levou a protestos e investigações na cidade.
O tiroteio aconteceu às 22h30, depois que dois policiais foram chamados para investigar um homem dormindo dentro do carro, no sistema de drive-thru de uma cadeia de restaurantes.
Os policiais conduziram testes para verificar a sobriedade do homem, de acordo com as investigações, e tentaram prendê-lo. Segundo Vic Reynolds, diretor do escritório de investigação da Geórgia (GBI, na sigla em inglês), o homem resistiu à prisão e conseguiu roubar uma arma de choque dos policiais. Ele foi baleado na sequência, quando apontou a arma a um dos oficiais de polícia.
“Vidas negras importam”
A morte acontece em meio a uma série de protestos nos EUA por justiça racial e reforma policial, depois que George Floyd, também um homem negro, morreu enquanto era preso por policiais na cidade de Minneapolis.
A imobilização de Floyd foi filmada por uma testemunha, e mostrou um policial apertando o pescoço do homem com o joelho por 8 minutos e 46 segundos, enquanto Floyd afirmava que não conseguia respirar.
O caso levou a diversos protestos pelo país, com manifestantes pedindo por reforma policial nos EUA, e demandando igualdade racial.
Policial demitido
Um policial de Atlanta foi demitido e outro foi transferido para serviços administrativos após a morte de um homem negro, disseram autoridades dos Estados Unidos neste domingo (14). Eles são apontados como os responsáveis pela morte de um homem negro, Rayshard Brooks, durante uma abordagem na sexta-feira (12) no estacionamento de um restaurante.
No sábado (13), a chefe da polícia de Atlanta, Erika Shields, renunciou ao cargo. A morte de Brooks levou a uma noite de protestos, semanas depois da morte de George Floyd que provocou uma onda de manifestações antirracistas pelo país.
O oficial demitido foi identificado como Garrett Rolfe, que integra a corporação desde 2013 – apontado como responsável pelos disparos. O oficial colocado em serviço administrativo é Devin Brosnan, que foi contratado em 2018, de acordo com um comunicado do porta-voz da polícia sargento John Chafee.